Durante reunião do Grupo de Trabalho (GT) responsável pelos estudos para melhoria do acesso aquaviário do Porto do Rio de Janeiro, realizada na quarta-feira (15) na sede da Companhia Docas do Rio de Janeiro (CDRJ), a empresa Argonáutica apresentou relatório sobre as corridas de avaliação realizadas para futura implementação do calado dinâmico.
Para os testes necessários de viabilidade e medições nas manobras, foram realizadas 20 corridas em navios porta-contêineres de diferentes portes, com percursos de entrada e saída dos Portos do Rio de Janeiro e de Santos, em condições distintas. As análises apontam uma estimativa de ganho médio de, no mínimo, meio metro sobre o calado máximo de 14,6 metros.
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O uso dessa tecnologia traz agilidade no uso do canal de navegação na Baía de Guanabara, mais segurança de navegação, além de benefícios econômicos, pois permite otimizar a capacidade de carregamento nos navios, reduzir a sobrestada das embarcações no porto e maximizar a operação no canal a partir do incremento das janelas de entradas e saídas.
Segundo o gestor do Sistema de Gerenciamento e Informação do Tráfego de Embarcações (VTMIS) do Porto do Rio de Janeiro, Marcelo Villas-Bôas, as corridas foram o primeiro passo, mas para a implementação do sistema, “ainda carecemos de definições quanto ao software a ser empregado nos cálculos da folga sob a quilha e janelas de operação, bem como quanto ao monitoramento dos dados batimétricos (estudos maregráficos e sedimentológicos) e ambientais (nível do mar, ondas, ventos e correntes marítimas)”.
Ainda na reunião, o GT — composto por representantes da CDRJ, da Marinha do Brasil (MB), da Praticagem e dos terminais conteineiros — tratou do andamento dos projetos de sinalização náutica do Canal de Cotunduba, cuja previsão é de que esteja operacional ainda no primeiro semestre. E da modernização e reativação das estações maregráficas e oceanográficas, em parceria com a MB, necessárias para a implementação do VTMIS. Também foram iniciados os estudos relativos ao recebimento de navios de 366 metros nos terminais conteineiros e sobre a melhoria da navegabilidade do Canal de São Cristóvão.