Na manhã desta última sexta-feira (10), o superintendente do porto do Rio Grande, Dirceu Lopes, apresentou para a imprensa os números das movimentações do porto no ano de 2013. De acordo com o relatório, no ano passado, mais de 33 milhões de toneladas de carga foram movimentadas no porto, atingindo um recorde histórico. Ao todo, o porto atendeu a 1.436 clientes e foi considerado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) o porto mais eficiente do Brasil e o 7º mais eficiente do mundo. Dirceu atribui o sucesso à qualidade dos terminais privados especializados e à dedicação dos trabalhadores, sindicatos e comunidade portuária.
No ano de 2013, o porto movimentou exatos 33.245.982 toneladas. Uma variação de 19,83% com relação ao ano de 2012, quando foram movimentados 27.744.976 toneladas. Já em 2011, foram movimentadas 30.483.228 toneladas. Segundo Dirceu, essa diferença ocorreu principalmente em função da produção no Estado que foi mais baixa no ano de 2012, em decorrência das condições de clima. Conforme o balanço, em 2013, passaram pelo porto 21.489.972 toneladas de granel sólido, 4.545.199 toneladas de granel líquido e 7.210.809 toneladas de carga geral.
No período, o porto exportou 10.998.171 toneladas e importou 2.934.015 toneladas. Os principais destinos de exportação foram China, Coreia do Sul, Japão, Espanha e Estados Unidos. Já no que diz respeito à importação, os principais países de origem foram Marrocos, Estados Unidos, China, Argentina e Qatar. Os principais volumes exportados foram soja em grão (8.270.878 toneladas), farelo de soja (2.517.684 toneladas), milho (980.393 toneladas), cavacos de madeira (836.024 toneladas) e trigo (836.208 toneladas). Os principais volumes importados foram cloreto de potássio (993.547 toneladas), ureia (886.437 toneladas), fosfato de cálcio natural (446.228 toneladas) e trigo (473.856 toneladas).
A perspectiva da Superintendência do Porto (Suprg) é de, em 2014, movimentar 34 milhões de toneladas e atingir a meta de 60 milhões até 2030. Para alcançar os objetivos, Dirceu afirma que é imprescindível melhorar as condições de acesso ao Porto do Rio Grande. Nesse sentido, disse que está juntando forças com o Tecon, a CCGL, a Bunge e a Bianchini para criar uma espécie de passaporte gaúcho, para viabilizar descontos nos pedágios para os caminhões que vão para o porto. A proposta já foi encaminhada para o Governo do Estado. A Suprg também está trabalhando para que a Ferrovia Norte-Sul vá até o portão do porto, e também pela liberação da hidrovia bilateral Brasil-Uruguai, que possibilitará o transporte de cargas entre os dois países por meio do corredor Lagoa Mirim-Canal de São Gonçalo-Lagoa dos Patos. Só com a liberação da hidrovia bilateral, Dirceu acredita que haverá um crescimento em movimentação de 2 a 3 milhões de toneladas.
Fonte: Jornal Agora (RS)Tatiane Fernandes
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