Aos 70 anos de idade, o porto de Pelotas já não é mais o mesmo. A movimentação de cargas anual caiu mais do que pela metade, de acordo com dados do Anuário Estatístico Portuário 2009, divulgado pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). Só para se ter uma ideia, em 2008, 40 mil toneladas foram movimentadas. Em 2009, esse número não passou de 16,2 mil toneladas, o pior resultado da última meia década. O ano passado foi marcado pelo decréscimo nas operações dos portos e terminais privativos brasileiros, atingindo queda de 4,61% em relação a 2008. Mesmo assim, nada justifica uma queda 10 vezes maior no porto de Pelotas. O deputado Fernando Marroni (PT) explica que “não se pode pensar no porto de Pelotas como apoio para um porto oceânico como Rio Grande, pois não há calado para grandes embarcações”. A solução, para o parlamentar petista, só virá com a expansão da navegação de cabotagem e costeira de baixo calado e, a partir daí, do desenvolvimento da navegação lacustre com o Uruguai através de Hidrovia do Mercosul. Além disso, Marroni também aponta que “a possibilidade de se ter um sistema integrado com os modais rodoviário e ferroviário passa pela necessidade de um novo projeto para a área portuária, pois o atual porto está inserido dentro de uma área urbana residencial e que não comporta trânsito intenso de cargas ou caminhões”, explica.
Fonte: Jornal do Commercio (RS)
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