A Prefeitura de Santos informou no início da noite de ontem, terça-feira, que irá intermediar as negociações entre os estivadores e operários portuários com a empresa Embraport, que não requisitou as duas categorias ligadas ao Órgão Gestor de Mão de Obra (Ogmo) para os serviços em seu terminal, na Margem Esquerda do Porto.
A decisão foi anunciada após reunião do prefeito Paulo Alexandre Barbosa (PSDB) com representantes dos dois sindicatos no Paço Municipal.
No início da tarde de ontem, cerca de 80 trabalhadores, envolvendo estivadores, operadores portuários e trabalhadores de transportes rodoviários, participaram de um protesto contra a medida adotada pela empresa. Após tomarem as ruas do Centro, eles solicitaram se dirigiram ao Paço Municipal, onde solicitaram uma reunião com o chefe do Executivo. Uma comissão formada pelos trabalhadores apresentou as reivindicações da categoria.
Em nota, a Prefeitura de Santos informou que o prefeito Paulo Alexandre se comprometeu em ajudar nas negociações com a Embraport. Após a reunião, via telefone, ele teria entrado em contato com a operadora portuária, que prometeu suspender nesta terça-feira as operações no terminal enquanto as negociações não chegassem a um acordo.
Créditos: Carlos Nogueira
Comissão formada por trabalhadores participou de reunião com o prefeito no Paço Municipal
Em nota, a Embraport informou que desde o início do ano está negociando com a diretoria do Sindestiva (Sindicato dos Estivadores de Santos, São Vicente, Guarujá e Cubatão) um acordo sobre contratação de mão de obra. No entanto, segundo a empresa, o sindicato não aceitou as diversas propostas feitas pela Embraport e não reconhece a nova legislação, que determina que terminais privados, como a Embraport, podem contratar seus trabalhadores pelo regime da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT).
Ainda em nota a Embraport ressalta o interesse em ter trabalhadores vinculados à CLT, “pois este regime, uma conquista reconhecida por todas as categorias profissionais, oferece maiores garantias ao trabalhador portuário”. A empresa, que conta, atualmente, com 530 integrantes, já assinou com outras entidades sindicais acordos trabalhistas baseados na CLT.
A Embraport afirma ainda que confia que as negociações com o Sindestiva chegarão a um consenso o mais rapidamente possível, para que o terminal possa dar continuidade às suas atividades, ajudando a resolver as carências do setor portuário e contribuindo para o desenvolvimento e competitividade do País, bem como para a geração de emprego e renda na região de Santos.
Fonte: Tribuna on-line
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