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Regaseificação de GNL cai 13% no 1º semestre

A Petrobras está regaseificando menos GNL (Gás Natural Liquefeito) nos terminais de Pecém e da Baía de Guanabara (RJ) este ano. Enquanto no primeiro semestre de 2010, a média de produção de ambos os empreendimentos foi de 1,6 milhão de metros cúbicos/dia, em igual período deste ano, a regaseificação registrou declínio de 13%, passando a ser de 1,4 milhão de m³/dia. As informações foram divulgadas ontem pela diretora de Gás e Energia da empresa, Graça Foster, em coletiva para divulgar os investimentos no setor previstos no Plano de Negócios 2011-2015.

Segundo a executiva, o motivo de a empresa optar por reduzir a produção do gás está relacionada ao preço do combustível comercializado no exterior. Dependendo da origem da carga, o GNL está sendo vendido à Petrobras por valores entre US$ 8,50 e US$ 11 dólares o milhão de BTU. "A gente busca o equilíbrio econômico. Olhando para o gás que vem da Bolívia, o produzido pela Petrobras e o GNL (da regaseificação), colocar este no Brasil não tem sido uma decisão econômica razoável", admitiu.

A expansão da produção interna de gás também favoreceu a diminuição na operação dos terminais. A produção nacional passou de 25,7 milhões de m³/dia, entre janeiro e junho de 2010; para 31,7 milhões de m³/dia em igual período deste ano, um incremento de 24%. Também teve expansão (3%) a oferta de gás proveniente da Bolívia. No primeiro semestre de 2010, vieram do país vizinho 25,7 milhões de m³/dia de gás. Neste ano, até junho, foram 26,4 milhões de m³.

Plano de Negócios

No planejamento para os próximos quatro anos, a diretora de Gás e Energia garantiu que a meta é obter "o máximo de resultado econômico com o mínimo de investimento". Para a área, estão previstos aportes da ordem de US$ 12,9 bilhões. Dos projetos previstos para os próximos anos e que farão uso do montante, nenhum é para o Ceará. Além de outros empreendimentos, com base na expansão da demanda por gás natural até 2020, deve entrar em operação em 2014 o Terminal de Regaseificação da Bahia, que fará uso do navio Golar Winter, em operação no Rio de Janeiro. O terminal da Baía de Guanabara receberá outra embarcação, com capacidade para processar 20 milhões de m³/dia de GNL.

PETROBRAS
Estatal perdeu valor da capitalização

Rio. A crise financeira mundial derrubou o valor de mercado da Petrobras, que se aproxima do nível anterior à apresentação das ações do pré-sal na capitalização recorde de R$ 120 bilhões, do segundo semestre do ano passado. O valor de mercado da estatal atingiu, ontem, R$ 258,9 bilhões.

Em 23 de setembro do ano passado, véspera da capitalização, o valor era de R$ 252,6 bilhões. O maior valor de mercado da Petrobras desde o anúncio da descoberta da camada petrolífera do pré-sal foi de R$ 413,3 bilhões, em oito de março. Em cinco exatos meses desde o seu maior valor, a perda atingiu R$ 154,4 bilhões

Em breve comunicado, a companhia sustentou que a queda no valor de mercado é interpretada como reflexo da crise global e que não estuda planos de recompra das ações.

Desvalorização

Para o economista Edmar de Almeida, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a crise abre perspectiva de queda no preço do petróleo, "o que desvaloriza qualquer empresa do setor". "No caso da Petrobras, a situação é mais grave porque ela está mais alavancada do que o resto do mercado, tem muitos investimentos. É a empresa de petróleo que mais investe no mundo. Uma situação de grande investimento em período de incerteza coloca a empresa em posição de fragilidade", alerta Almeida.

Divulgado em julho, o plano de negócios da Petrobras para o período 2001-2015 estipula US$ 224,7 bilhões em investimentos. Almeida observa que, no Brasil, o investidor estrangeiro está exposto a um evidente risco cambial. "Como o real está muito valorizado, isso implica a perspectiva de desvalorização do real em algum momento", avalia o economista.

Fonte: Diário do Nordeste






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