Uma ressaca provocou ondas com picos que chegaram aos 4 m de altura e assustou moradores da região costeira de Santa Catarina no final da tarde desta terça-feira. As atividades no porto de Itajaí, o principal do Estado, no litoral norte, chegaram a ser paralisadas a pedido dos marinheiros práticos à Capitania dos Portos. A Marinha fechou a região da barra para a chamada "praticagem" (manobra de entrada e saída de navios no terminal portuário).
As praias localizadas ao sul de Florianópolis foram as mais afetadas pela ressaca. A agitação do mar se intensificou durante a tarde, quando as rajadas de vento na costa passaram dos 40 km/h. Na praia da Armação, ao sul da capital, algumas ondas chegaram a passar sobre pontos de um muro de pedras construído para conter o avanço do mar. Um deck de madeira na beira da praia ficou parcialmente submerso quando a maré subiu, por volta das 18h.
Com o impacto das ondas nas rochas, os jatos d'água chegararam a atingir 4 m de altura. Para os moradores locais, o medo é o de que a ressaca volte a trazer prejuízos, como ocorreu em 2010. "O problema é que a maré ainda vai subir durante a noite, e o mar estava ficando cada vez mais mexido", disse José Manoel Damasco, 57 anos.
De acordo com informações divulgadas pelo Centro de Recursos Ambientais do Estado (Ciram), o risco de ressaca deve persistir na região pelo menos até a próxima quinta-feira, com ondas que devem passar dos 3 m. Alerta emitido pela Defesa Civil estadual orienta que a comunidade evite se aproximar do mar.
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