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Revitalização de áreas portuárias aguarda conclusão de projeto do Mergulhão

A conclusão do projeto executivo do Mergulhão – a passagem rodoviária subterrânea que eliminará definitivamente o conflito rodoferroviário no Cais do Saboó, na Margem Direita do Porto de Santos – é a principal condicionante para a revitalização das áreas portuárias santistas. Essa recuperação está prevista no programa Porto Valongo Santos, que prevê a instalação de um centro de turismo e lazer na região dos armazéns 1 ao 8. Mas o empreendimento só terá sua implantação licitada após a entrega dos estudos viários, que estão sendo preparados pela Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), a Autoridade Portuária.

O Porto Valongo vai gerar 2.200 empregos e a expectativa inicial era licitá-lo no ano passado. Agora, segundo a Prefeitura de Santos e a Secretaria de Portos (SEP), é necessário redefinir as dimensões do Mergulhão. Elas estão sendo reavaliadas pois foi encontrada uma formação rochosa em seu futuro trajeto – especificamente no subsolo, na região da Alfândega do Porto de Santos. A princípio, essa pedra precisaria ser retirada para a construção da passagem.

Também se estuda reforçar o Cais do Valongo – uma vez que o tráfego de caminhões e as linhas de trens que hoje passam pela Avenida Portuária, no trecho onde o Mergulhão será implantado, terão de ser remanejadas para o cais, durante os três anos previstos para as obras.

O problema é que, com essas demandas, o custo do empreendimento subiu para R$ 820 milhões, valor que está fora do previsto pelo Governo Federal. Para reduzir a cifra, uma opção é diminuir em até 240 metros a passagem subterrânea. Ao invés de 970 metros, a estrutura teria, no máximo, 730 metros (mais 200 metros de cada lado para as rampas de acesso, o que somaria 1.130 metros de comprimento total).

De acordo com o secretário de Assuntos Portuários e Marítimos da Prefeitura de Santos, José Eduardo Lopes, no próximo dia 26, SEP, Codesp e Prefeitura deverão provar ao Ministério Público que é possível garantir a viabilidade do Mergulhão, mesmo com a redução de sua extensão.

“Resolvidas essas questões, a Codesp vai concluir o projeto executivo do Mergulhão e, em seguida, partimos para o projeto (Porto Valongo)”, destacou o secretário. De acordo com a Autoridade Portuária, os estudos da passagem subterrânea devem ficar prontos até o final do próximo mês.

Mas as alternativas viárias para o período de obras do Mergulhão não têm previsão de serem apresentadas.

Porto Valongo

A viabilidade do projeto de revitalização e o potencial comercial dos galpões, além das adequações necessárias na região, foram definidas, em 2012, pela Ove Arup & Partners, contratada pela Prefeitura de Santos. Agora, caberá à Codesp licitar a área total dos armazéns, mesmo com a cessão do de número 8 à Universidade de São Paulo (USP), que enfrenta uma grave crise financeira e tenta viabilizar a reforma e o restauro do imóvel portuário.

Já o Armazém 7 está reservado à Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), que ainda aguarda sua transferência. Tal medida não tem prazo para acontecer.

A revitalização da área está orçada em R$ 513,9 milhões. Mas nesse total não está incluído o custo de construção do terminal de passageiros a ser implantado nas proximidades do Armazém 6. A instalação destinada a navios de cruzeiro ficará sob a responsabilidade exclusiva da Codesp, a quem caberá o processo de licitação e demais definições para sua operação. A princípio, o terminal terá 71 mil metros quadrados, três berços de atracação e capacidade para receber 12 mil turistas por dia.

O projeto de recuperação também prevê a implantação de unidades de órgãos públicas na área. Há planos para a construção de bases dos bombeiros e da Força Aérea, escritórios de turismo e de autoridades públicas e um centro científico oceanográfico, a ser operado pela USP e pela Unifesp em seus armazéns.
 
Fonte: Tribuna Online/Fernanda Balbino






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