O Ministério de Portos e Aeroportos (MPor) anunciou, na última quinta-feira (16), a liberação de R$ 337 milhões para obras para melhorar a infraestrutura e as condições de operação do Porto Organizado de Rio Grande, no Rio Grande do Sul. Além disso, foi anunciada a redefinição da poligonal do terminal, o que, segundo a Pasta, visa a dar a ele mais racionalidade administrativa e abrir espaço para atrair investimentos privados, especialmente de segmentos industriais e offshore.
O projeto de readequação do porto excluiu a área do Estaleiro Rio Grande, que tem com de 974.000 metros quadrados (m²) e será destinada a receber terminais de uso privado (TUPs). Além disso, o ministério anunciou que o Terminal Marítimo Bianchini passará por adequação para ganhar mais autonomia operacional.
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De acordo com o ministro de portos e aeroportos, Silvio Costa Filho, o Porto de Rio Grande receberá aportes que podem chegar a R$ 3 bilhões do Programa de Aceleração do Crescimento ( Novo Pac), dos quais R$ 2,5 bilhões já estão confirmados, para obras que vão permitir a expansão.
Segundo Costa Filho, os investimentos fazem parte do plano de reconstrução do estado do Rio Grande do Sul após as enchentes registradas em 2024. “Estamos aplicando mais de R$ 2,5 bilhões em investimentos, dentro de um esforço nacional de reconstrução e crescimento do Rio Grande do Sul”, afirmou.
Na visita que fez a Rio Grande para anunciar os investimentos, Costa Filho adiantou que o ministério está trabalhando para efetivar até 15 de novembro a guarda portuária. “Nossa meta é efetivar, até 15 de novembro, a portaria da Guarda Portuária, fortalecendo a categoria e garantindo mais estabilidade e prioridade institucional ao setor”, afirmou o ministro.
O MPor explicou ainda que coordena ações da Portos RS em projetos para melhorar a infraestrutura portuária, elevar padrões de eficiência e melhorar a governança. Eles, segundo a Pasta, representam cerca de R$ 500 milhões em investimentos públicos e privados e incluem a modernização do Porto Novo, dragagens de manutenção, pavimentação interna e implantação do sistema Vessel Traffic Service (VTS).
Além disso, Costa Filho informou que estão sendo feitos estudos para a concessão do canal de acesso do Porto de Rio Grande, no modelo de parceria público-privada, para garantir manutenção permanente e instalação de sinalização. “Com a dragagem, vamos ampliar a competitividade e receber navios maiores”, disse.
O presidente da Portos RS, Cristiano Klinger, explicou que o terminal mantém calado operacional de 15 metros, o que permite a atracação de embarcações de grande porte, e opera com sete frentes de trabalho simultâneas. “A combinação de infraestrutura eficiente e operação integrada é o que assegura competitividade e sustentabilidade a nossa atividade”, afirmou.