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Salamanca e Grindrod têm US$ 250 mi para o Brasil

A firma britânica Salamanca Group, especializada em gestão de riscos e investimentos, fechou uma associação com a operadora logística sul-africana Grindrod para investir em projetos no Brasil. Cada sócio terá 50% do negócio, que envolverá aportes da ordem de US$ 250 milhões em um período de até dois anos.

O investimento acontece no momento em que a Salamanca amplia a presença no país com a abertura de um escritório no Rio. A empresa, que possui um total de US$ 2,5 bilhões em ativos, realizou o primeiro investimento local em 2008, com a compra do controle da incorporadora Ecocil, de Natal (RN). A companhia também atua como investidora e cogestora do empreendimento imobiliário Trump Towers, na região do Porto Maravilha, no Rio.

Depois de identificar oportunidades de investimento em logística, a Salamanca decidiu buscar um parceiro com experiência na área, segundo Renato Garcia, diretor da Salamanca para a área de private equity no Brasil. Com atuação em 34 países e listada na bolsa de Joanesburgo, a Grindrod é uma das principais operadoras de logística na África.

Inicialmente, a empresa pretende se concentrar em projetos de armazenagem de líquidos, combustíveis e químicos. O objetivo é identificar áreas, dentro e fora de portos, e ativos para aquisição. "Em uma segunda fase, o movimento natural será nos movermos para commodities agrícolas e minerais", diz Garcia.

Os investimentos no Brasil serão realizados via um fundo de participação (FIP) que aportará recursos na empresa controlada pela Salamanca e Grindrod, cujo nome ainda não foi definido. A decisão de ingressar em logística foi tomada pela Salamanca no fim de 2012, mas o aporte foi adiado em razão das discussões sobre a medida provisória dos Portos, segundo Garcia.

Na área de investimentos, a estratégia da Salamanca será buscar oportunidades em ativos reais, segundo Emil de Carvalho, diretor-presidente para América Latina e Caribe. Em todos os projetos, a companhia ingressa com capital próprio e de clientes. "A ideia é avaliar projetos menores, de até US$ 100 milhões por investimento", afirma Carvalho. Depois dos setores imobiliário e de logística, a companhia estuda ingressar em mineração, área em que já atua em outros países, como a China.

Com o escritório no Rio, a Salamanca pretende ampliar também as atividades na área de gestão de riscos operacionais no país e na América Latina. Os fundadores da empresa são ex-militares e serviram no exército britânico. Com essa experiência, se especializaram em prestar serviços para empresas que precisam atuar em regiões que sofrem com questões como segurança e fraudes. Entre os principais clientes da companhia estão mineradoras, construtoras e seguradoras.

Fonte: Valor Econômico/Vinícius Pinheiro | De São Paulo

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Ex-funcionários da Petrobras vão dirigir estatal do pré-sal

Um time de ex-funcionários da Petrobras, pós-graduados em universidades de renome no exterior e com experiência relevante na iniciativa privada foi anunciado ontem pelo governo federal para integrar a cúpula da Pré-Sal Petróleo (PPSA). A nova empresa estatal representará os interesses da União nos contratos de exploração da camada do pré-sal licitados pelo regime de partilha.

Oswaldo Pedrosa, um engenheiro de 63 anos com doutorado na Universidade de Stanford (Califórnia) e aposentado pela Petrobras, será o presidente da PPSA. Ele garantiu, em suas primeiras declarações, que buscará a "maximização de resultados" para o governo e seus parceiros.

"Tem que existir convergência de interesses entre a PPSA e seus parceiros, aí incluída a Petrobras, como operadora do pré-sal. Temos também a função de fiscalizar o operador, para garantir que os principais objetivos de uma empresa como essa sejam alcançados", afirmou Pedrosa. Ele trabalhou durante 25 anos no Centro de Pesquisas da Petrobras (Cenpes) e atuou como superintendente de desenvolvimento da produção da Agência Nacional do Petróleo (ANP) até 2003.

Quando saiu da agência reguladora, Pedrosa participou da criação da Aurizônia, empresa independente que prospecta pequenos blocos de petróleo em terra. Antes de ser convidado pelo governo para assumir a nova estatal, estava na petrolífera HRT.

"Todos são profissionais da mais alta categoria", disse o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, responsável por apresentar os executivos que estarão à frente da PPSA. A estatal terá orçamento de R$ 15 milhões até o fim deste ano para atender às suas "necessidades urgentes", segundo Lobão. Ele informou ainda que o secretário de Petróleo e Gás do ministério, Marco Antônio Almeida, exercerá a função de presidente do conselho de administração e atuará em "simbiose perfeita" com o governo e com a diretoria executiva da empresa.

Renato Darros de Matos, doutor em ciências geológicas pela Universidade de Cornell (Nova York), será o diretor de gestão de contratos. Também atuou por duas décadas na Petrobras. Foi para a iniciativa em 2001, tendo passado por companhias como Aurizônia, Quantra e Imetame.

Edson Nakagawa, doutor em engenharia do petróleo pela Universidade Louisiana State, saiu da Petrobras em 2000 e foi para a Austrália. Na CSIRO, liderava pesquisas nas áreas de petróleo e energia geotérmica, tendo voltado ao Brasil para assumir o centro de excelência em sistemas submarinos da General Electric - seu último trabalho antes da PPSA.

A equipe se completa com o administrador Antônio Cláudio Pereira da Silva, pós-graduado em gestão avançada pelo Insead, na França. Ele ocupará a vaga de diretor de administração, controle e finanças da estatal. Pereira da Silva também atuou na Petrobras, entre 1976 e 2011, e exercia um cargo na cúpula da Barra Energia.

Com as nomeações, que devem ser publicadas hoje no "Diário Oficial da União", o governo conseguirá iniciar efetivamente as atividades da PPSA, como pretendia, antes da assinatura do contrato de partilha do campo de Libra. O leilão está previsto para o dia 21, próxima segunda-feira, e o ministro Lobão continua apostando na formação de dois a quatro consórcios para a disputa.

O ministro disse que ele e a presidente Dilma Rousseff confiam em um "grande êxito" do leilão. "Ela está superempolgada, eu estou superempolgado, todos estamos superempolgados."

Quanto à possibilidade de reajuste da gasolina, manifestou confiança de que possa ocorrer até o fim de dezembro, mas jogou a decisão para as mãos do ministro da Fazenda, Guido Mantega. "É decisão do conselho de administração da Petrobras, que é presidido pelo ministro da Fazenda, a um só tempo, com um olho direcionado para a inflação e para os interesses na economia, e com outro olho voltado para os interesses da Petrobras. O presidente do conselho, Guido Mantega, acenou com a possibilidade de até o finmdo ano haver um novo reajuste. Estamos na convicção de que isso possa eventualmente acontecer", disse Lobão.

O perfil dos executivos nomeados para a PPSA é técnico, mas os nomes divulgados não foram os primeiros convidados pelo governo, que teve certa dificuldade para compor a diretoria. O Valor apurou que foram sondados Jorge Camargo, ex-presidente da Statoil e ex-diretor da área internacional da Petrobras, e Luiz Costamilan, ex-presidente da BG Brasil, que não aceitaram o convite. Camargo disse ao Valor que não iria comentar o assunto. Costamilan não retornou o pedido de entrevista.

De qualquer modo, os nomes foram muito bem recebidos pelo mercado. "É um mérito do governo e da presidente Dilma Rousseff escolher nomes técnicos com experiência reconhecida na indústria", disse o presidente do Instituto Brasileiro do Petróleo (IBP), João Carlos de Luca. O executivo trabalha com Pereira da Silva, que será o diretor de administração, controle e finanças da estatal, a quem elogiou como colega e profissional.

"Percebo que houve uma preocupação do governo de dar um tom apolítico, convidando técnicos reconhecidos pelo mercado às vésperas de uma eleição presidencial. Isso é importante, considerando que a presidência da PPSA é um cargo que tem importância muito grande", disse o presidente do IBP, que lembrou que o governo deu um sinal de que procurava profissionais com reputação impecável.

Fonte: Valor Econômico/Daniel Rittner e Cláudia Schüffner | De Brasília e do Rio






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