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Santos Brasil prevê ampliar movimento de contêineres

A Santos Brasil, principal terminal de contêineres do porto de Santos (SP), vai crescer dois dígitos em 2010 depois de amargar queda de 16,2% nos volumes de carga realizados no ano passado. O plano da empresa é de que o número de contêineres movimentados totalize 1,23 milhão de TEUs (contêiner equivalente a 20 pés) este ano, com crescimento de 13,4% sobre os cerca de 1 milhão de TEUs de 2009. O crescimento deve continuar em 2011, diz Antonio Carlos Sepúlveda, presidente da Santos Brasil.
O executivo, que assumiu o cargo em março, afirma que a empresa está atenta a oportunidades de investimento que possam surgir a partir da realização de licitações de novas áreas portuárias pelo governo federal. "Em contêineres, vamos participar de todos os processos", diz Sepúlveda. O plano, segundo ele, é crescer em contêineres por meio de aquisições, de novos projetos a serem desenvolvidos e do que ele chama de "integração vertical" da cadeia logística. É a prestação de serviços logísticos e de armazenagem para os clientes. Desde 1997 até agora, a Santos Brasil investiu R$ 2,5 bilhões, dos quais R$ 1,3 bilhão foi aplicado no terminal de contêineres de Santos.
A estratégia indica que a Santos Brasil não está parada apesar da disputa societária que envolve os principais acionistas da holding que controla a empresa, a Santos Brasil Participações (SBPar). De um lado, está o grupo Opportunity, de Daniel Dantas, e do outro, o grupo Multi, de Richard Klien. A briga é pelo controle da empresa. "Temos seguido o curso normal e a discussão entre os sócios não afetou a empresa, por enquanto", diz Sepúlveda.
Ele afirma que o conselho de administração da Santos Brasil, formado por nove integrantes, três dos quais independentes, continua a avaliar normalmente os planos apresentados pela diretoria. Este mês a SBPar divulgou comunicado confirmando a emissão de debêntures simples de R$ 100 milhões em operação que já havia sido aprovada em reuniões anteriores. Os recursos se destinam a reforçar o caixa e fazer investimentos nas controladas pela SBPar.
No mercado, existem avaliações de que a Santos Brasil oferece boas oportunidades de retorno para os investidores, mas existem dúvidas sobre os efeitos que a disputa societária pode ter sobre a empresa, sobretudo se a discussão, que depende de uma arbitragem, se prolongar por muito tempo. No acumulado do ano até ontem, a ação (unit) da Santos Brasil caiu 13,06%, bem acima da queda do Ibovespa, de 5,60%. Também existem preocupações entre analistas sobre o ambiente marcroeconômico internacional para os próximos trimestres, o que poderia ter repercussões sobre os fluxos de comércio e afetar de forma negativa os terminais de contêineres.
Sepúlveda tem visão mais otimista. Acredita que é possível manter ao longo do ano o desempenho registrado no primeiro trimestre, quando o movimento de contêineres da Santos Brasil cresceu 13,1% sobre igual período de 2009. Ele afirma que de janeiro a março a empresa movimentou menos contêineres vazios do que no mesmo trimestre de 2009, o que significa maior receita para a empresa. "A importação está aumentando e a exportação também está crescendo", compara.
Os dados do Ministério do Desenvolvimento (Mdic) mostram que de janeiro até a segunda semana de junho as exportações cresceram 28,5% na média por dia útil, enquanto as importações expandiram-se 44,2%. Outra boa perspectiva em Santos, segundo Sepúlveda, é que a dragagem do canal de acesso e do estuário permitirá que navios maiores escalem o porto, o que vai refletir em ganhos de produtividade e menores custos.

Fonte: Valor Econômico/Francisco Góes, do Rio


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