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Santos Brasil registra queda de 49,4% no lucro líquido do 1º trimestre

No mesmo período, foram movimentados 261.903 contêineres nos terminais da companhia, que foram impactados, principalmente, pelo arrefecimento das importações de bens de consumo e queda nas exportações de commodities

A Santos Brasil encerrou o primeiro trimestre com lucro líquido de R$ 45,9 milhões , 494% menos do que o mesmo período de 2022, e margem líquida de 10,8%. O EBITDA somou R$ 153,3 milhões, menos 15,0% no período comparado, com margem de 35,9%, menos 5,1% ano a ano. Neste período, os terminais de contêineres da companhia movimentaram 261.903 unidades, queda de 14,3% frente ao primeiro trimestre de 2022.

Segundo a companhia, o desempenho foi impactado principalmente pelo arrefecimento das importações de bens de consumo e de capital; queda nas exportações de commodities, como café, algodão, carne etc., e menor fluxo de cargas transportadas via cabotagem. Além disso, recai sobre os números a base comparativa referente ao primeiro trimestre de 2022, cujos volumes observados foram influenciados pela sazonalidade tardia provocada pela pandemia da Covid-19, em especial durante o quarto trimestre de 2021 e primeiro trimestre de 2022. Comparado ao primeiro trimestre de 2019, por exemplo, período que antecede a pandemia, o primeiro trimestre soma alta de 2,7%.

Em contrapartida, a Santos Brasil Logística e o Terminal de Veículos (TEV) registraram crescimentos de 39,6% e 12,7% no EBITDA do primeiro trimestre, respectivamente, em comparação com o mesmo período do ano passado. E, em seu primeiro trimestre completo de operação, os terminais de líquidos de Itaqui (MA) apresentaram EBITDA positivo no montante de R? 0,3 milhão.

No Tecon Santos, que representa 88% da volumetria total da movimentação de contêineres da Santos Brasil, a redução foi de 14,5% em comparação com o primeiro trimestre de 2022, com destaque para os menores volumes nas operações de longo curso, menos 17,4% ano a ano. As importações de contêineres caíram 4,1% ano a ano, com destaque para menores volumes importados de produtos químicos e eletroeletrônicos, reflexo do arrefecimento da economia doméstica.

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Já as exportações cederam 4,8% ano a ano, devido aos menores embarques de commodities em geral. Por outro lado, a cabotagem apresentou crescimento de 1,7% de volume no primeiro trimestre.

Decorrente da menor safra de arroz, o volume no Tecon Imbituba caiu 9,5% ano a ano. Já o volume movimentado no Tecon Vila do Conde registrou queda de 14,1% ano a ano, com diminuição no fluxo de longo curso, menos 14,8% ano a ano, devido às menores exportações de madeira e proteína animal, além do menor fluxo de cabotagem.

A movimentação de cargas gerais teve redução de 57,6% ano a ano no primeiro trimestre, devido ao fim dos embarques de celulose para exportação no Terminal de Cargas Gerais (TCG) de Imbituba.

Na Santos Brasil Logística, o número de contêineres armazenados no primeiro trimestre foi 13,4% menor em comparação com o primeiro trimestre de 2022, reflexo da diminuição das importações no Porto de Santos. Os Centros de Distribuição, no entanto, cresceram a movimentação de pallets em 20,1% no primeiro trimestre, resultado do aumento das operações de logística integrada 3PL em relação ao mesmo período do ano passado.

O TEV movimentou 55.358 veículos, aumento de 1,9% ano a ano. A exportação foi responsável por 51.034 unidades, 6,1% maior no período ano a ano. Por outro lado, a importação apresentou queda de 30,5% no primeiro trimestre. O mix de veículos pesados apresentou melhora no trimestre, respondendo por 11% do volume total, contra 8% no primeiro trimestre de 2022, reflexo de maiores exportações de máquinas agrícolas e de construção civil para os Estados Unidos e Costa Rica.

Para Daniel Pedreira Dorea, diretor Econômico-Financeiro e de Relações com Investidores da companhia, a expectativa para os próximos trimestres de 2023 é de crescimento do resultado operacional, financeiro e das margens. “Esse aumento será impulsionado não apenas pela melhora dos volumes esperados, com a normalização da sazonalidade típica da indústria de contêineres, mas também pela recomposição dos preços praticados, que voltam a se equilibrar em patamares históricos, tendo a Companhia algumas renovações contratuais ainda a fazer. Também o volume já observado no último mês de abril foi 13,2% superior a março e esperamos que essa crescente siga até a temporada de pico no 3T23”, diz.



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