Após reunião com a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, o governador Raimundo Colombo recebeu a garantia de que a concessão, que terminaria no final deste ano, será renovada. Já o porto de Imbituba deve ser licitado para iniciativa privada sob as regras da nova Lei dos Portos.
O governador catarinense passou os últimos dias em Brasília tratando dos contratos. Na terça-feira, esteve na Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) e, ontem, conversou com Gleisi. A intenção do governador é renovar as concessões, forma de garantir investimentos urgentes nos terminais.
Com o Pacto por Santa Catarina, os portos de Itajaí, São Francisco do Sul e Imbituba receberão R$ 256 milhões em obras. Contudo, o governador teme realizar investimentos de modernização e em seguida entregar áreas para companhias privadas, poupadas do gasto do investimento. A insegurança preocupa o governo do Estado, pois freia melhorias nos cais pelos quais passarão a carne suína vendida para o Japão.
— A demanda da carne suína é imediata e os portos terão de atender a esta demanda. Mas se o governo federal vai repassar áreas para empresas, não faz sentido o Estado investir. Os recursos poderão ser investidos em outras áreas — argumenta o governador catarinense, que deve ir ao Japão no próximo dia 27.
Segundo a Antaq, dentre as mais de 60 áreas que serão licitadas no Brasil com a nova Lei dos Portos, seis ficam em SC, quatro em Imbituba e duas em São Francisco do Sul.
A renovação de São Francisco está ligada apenas à administração do porto, mas não impede a licitação de terminais no entorno da infraestrutura portuária atual.
Lei dos Portos prevê quatro áreas para licitação em SC
A postergação do vínculo com São Francisco era considerada estratégica, pois o porto deve começar a movimentar grãos vindos do Paraguai. O governo de SC investirá R$ 28 milhões na automatização do processo de carga e descarga e no aumento da capacidade de armazenagem.
Já em Imbituba, apesar da União priorizar a licitação para iniciativa privada, o Estado tentará reverter a decisão. Em Itajaí e Navegantes, que precisam de adequações para receber embarcações de maior porte, Colombo busca recursos federais.
SC está disposta a aplicar R$ 122 milhões na construção da nova bacia de evolução do rio Itajaí, mas pede como contrapartida que a União assuma a readequação do molhe norte da foz do rio, com custo estimado R$ 165 milhões de reais.
Fonte: Diário Catarinense
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