BR101-interrompidaO secretário estadual de Transportes, Mario Stamm Júnior, defende a abertura da BR 101 e sua transformação em Rodovia Interportos.
O trecho da BR 101 no estado do Paraná não existe. O acesso da rodovia que vai do Rio Grande do Sul ao Rio Grande do Norte e interrompe em Garuva (SC) é feito pela BR 376 até Curitiba, BR 116 até São Paulo e SP 226.
Pelo novo projeto do governo do Paraná, a estrada ligaria o Porto de Paranaguá ao futuro terminal de Pontal do Paraná e ainda os portos que estão projetados para na Ilha da Cotinga e Imbocui.
“Para o pleno desenvolvimento do litoral, o Estado precisa projetar novos sistemas viários que atendam tanto a demanda portuária quanto a melhoria do transporte nos balneários do Paraná”, disse o secretário.
A proposta ficará para ser estudada pelo futuro governo que inicia no dia 1º de janeiro. Até lá, o secretário poderá realizar estudos e deixar um projeto semi-pronto.
Stamm considera que o Paraná deve aplicar os recursos que virão com o pré-sal em melhorias no sistema viário do litoral. Ao melhorar a logística na região, o Paraná também iria atrair mais investimentos de empresas interessadas que atenderão a demanda da exploração das novas jazidas petrolíferas.
Melhorar a logística, promover a mobilidade viária regional e atender as necessidades multimodais com a construção de obras rodoviárias na região litorânea administradas pelo DER é a proposta do secretário, que também defende a elaboração de estudos para o Departamento Nacional de Infraestrutura Terrestre (DNIT) implantar a BR-101 em território paranaense, “desde que os projetos levem em conta as necessidades ambientais”.
Stamm destaca que uma futura Rodovia Interportos com características de autoestrada e ecologicamente construída, vai retirar da Região Metropolitana de Curitiba milhares de veículos que atualmente circulam pelo Contorno Rodoviário da Capital.
Para Mario Stamm, o litoral pode se beneficiar com investimentos procedentes da exploração da camada do Pré-Sal também em outros modais. “A extensão da ferrovia até Pontal do Paraná, que tem condições ideais de calado para receber grandes navios e abrigar em sua área retroportuária instalações destinadas à construção e montagem de plataformas marítimas, é um exemplo de obra viária necessária”, citou.
Stamm ressalta que a construção do novo porto em Pontal do Paraná deve ser levada em consideração, assim como os projetos de outros terminais portuários na Ilha da Cotinga e no Imbocui.
“O mercado aponta para o aumento do transporte por contêineres nos próximos anos e os portos paranaenses devem se preparar para movimentar produtos com maior valor agregado. As projeções indicam que no ano 2020 passarão três milhões de contêineres pelos portos do Estado e para tanto é preciso adequar a estrutura marítima atual com novos cais e reformas nas instalações”, alertou.
“A base logística estadual deve ser pensada dentro de uma visão multimodal para oferecer ao mercado maior competitividade e mais segurança, reduzindo o custo interno e melhorando o desempenho da balança comercial pela redução do custo de transportes, consequência da maior movimentação de cargas”, conclui Stamm.
Fonte:Correio do Litoral
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