A assinatura do contrato da dragagem do porto de Santos (SP), que foi suspensa na quarta-feira, não tem mais data para ocorrer. A empresa vencedora da disputa, a EEL Infraestruturas, não entregou todos os documentos exigidos no edital, levando a Secretaria de Portos (SEP), contratante da obra, a suspender a assinatura no dia da solenidade.
A empresa, por sua vez, disse que a atualização de dois documentos, apresentados na fase de habilitação, dependia de "órgãos emissores", que não os entregaram a tempo, mas crê que em breve isso ocorrerá. Dessa vez, a SEP preferiu não cravar a nova data para assinar o contrato. A licitação foi feita via Regime Diferenciado de Contratações (RDC), em que a habilitação é uma das últimas fases do processo.
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A EEL será contratada para fazer os projetos básico e executivo da dragagem e o serviço. O valor do contrato é de R$ 369 milhões. Segundo a presidente da empresa, Claudia de Carvalho Alves, a profundidade a ser atingida é de 15,7 metros para todo o canal, sendo 15 metros mais 0,7 metro como margem de segurança para se manter 15 metros de profundidade em qualquer situação.
O contrato é válido por 17 meses. Nos cinco primeiros os projetos serão elaborados e submetidos à apreciação do governo. A EEL é uma subsidiária da Enterpa, grupo familiar que realiza dragagens no porto de Santos há décadas e tem outras atividades, por isso criou uma subsidiária para focar no nicho de acesso aquaviário. "A experiência e o conhecimento são os mesmos", diz a executiva. Entre duas e três dragas estrangeiras serão usadas na obra. "Elas já estão disponíveis lá fora".==================================================
Fonte: Valor Econômico\Fernanda Pires | De São Paulo