O calado do Superporto do Rio Grande foi ampliado para 42 pés, o que o colocará na condição de porto com melhores condições de recebimento de embarcações de carga no Conesul e, na progressão das operações, deverá atingir a marca de 47 pés, conforme afirma o superintendente Jaime Ramis. A notícia é alvissareira, pois o porto rio-grandino já se destaca entre os melhores do Brasil em movimentação e terá ainda maior capacidade para recebimento de grandes cargueiros.
A solidificação do Porto do Rio Grande como destaque nacional já é uma realidade, mas deveria ser acompanhada, assim entendemos, por um processo de permanente atividade no que diz respeito às ordens de dragagem, posto que, de quando em vez, empresários e exportadores ficam de cabelos brancos, preocupados justamente pelas dificuldades encontradas sempre que existe essa necessidade, pelo natural assoreamento, empurrado pela força da correnteza das vazantes, que trazem, da Lagoa dos Patos, milhares de toneladas de sedimentos para a bacia de evoluções e canal de entrada dos molhes até o cais.
Bom seria se houvesse entendimento por parte do governo federal e do Estado sobre a liberação rápida de verbas, para que os contratos com firmas de dragagem não se verifiquem de maneira tediosa, e, principalmente, dos órgãos responsáveis pela liberação das licenças ambientais para as operações, pois os dois grandes problemas sempre terminam na obtenção da licença ambiental e na liberação de dinheiro por parte dos governos.
Se todos sabemos que as dragagens são necessárias e, queiram ou não, serão realizadas e obedecem sempre aos mesmos padrões, por que tantos problemas sempre que os portos sentem a necessidade de aprofundamento dos canais e das bacias de evoluções?
Lembramos que, não faz muito tempo, a preocupação era permanente pela falta de soluções, chegando ao ponto da autoridade portuária ameaçar a determinação de redução do calado para evitar a possibilidade de encalhe de navios, pelo assoreamento observado.
(Fonte: Jornal Agora/Rio Grande,RS)
PUBLICIDADE