Os investimentos públicos em Suape vão mais do que dobrar nos próximos quatro anos. Se foram investidos R$ 1,4 bilhão em infraestrutura entre 2007 e 2010, a previsão é de uma injeção de R$ 3 bilhões até 2014, em recursos do tesouro estadual, do governo federal, de convênios e financiamentos. Os aportes do governo do estado devem aumentar, superando os R$ 300 milhões do período anterior.
Entre as prioridades está a duplicação da rodovia de contorno da Refinaria Abreu e Lima. Foto: Ricardo Fernandes/DP/d.a press - 28/12/07
Segundo o novo vice-presidente de Suape, Frederico Amâncio, entre as prioridades está a conclusão de obras viárias, como a duplicação do TDR-Norte (que vai ficar com 17 metros de largura) e da rodovia de contorno da Refinaria Abreu e Lima, com dois grandes viadutos na entrada de Suape. Também está no topo da lista a dragagem para ampliação do polo naval, inclusive para atender à instalação do Estaleiro Promar, que deve começar em fevereiro. A dragagem está estimada em R$ 105 milhões, com recursos da Secretaria Nacional dos Portos.
´Precisamos ainda obter recursos para iniciaros cais de 6 a 9 e executar o acesso rodoferroviário às ilhas de Tatuoca e Cocaia, além das grandes terraplenagens para viabilizar a instalação da Fiat e da siderúrgica`, diz Amâncio. Já os recursos antecipados pela Petrobras (R$ 475 milhões) estão em fase final de aplicação, com a finalização do píer petroleiro (PGL-3) e obras de acesso ao píer e reforço do cabeço, além de sinalização náutica. O aprofundamento do canal de acesso é necessário para permitir a atracação de grandes navios petroleiros.
Suape está prestes a assinar o contrato de operação do terminal açucareiro com a inglesa ED&F Man, está licitando a construção da Express Way (do Hospital Dom Hélder à TDR-Norte, em um trecho de oito quilômetros) e vai abrir licitação para um novo terminal de granéis sólidos. ´O estado está bem financeiramente, pode contrair empréstimos. E com o aumento da movimentação a receita própria de Suape é sempre crescente.`
Entretanto, a empresa que hoje é pública poderá se transformar em sociedade de economia mista aindaeste ano. ´Esse processo é irreversível, pois vai facilitar a captação de recursos. Dependerá apenas da vontade do governador`, completa o vice-presidente. Também caberá a Eduardo Campos a decisão sobre a abertura do capital da empresa Suape, mas é pouco provável que a discussão ocorra ainda em 2011.
O discurso de Frederico Amâncio está afinado ao do chefe, o secretário de Desenvolvimento Econômico e presidente de Suape, Geraldo Júlio. Ele tem dito que, após o forte trabalho de atração e captação de investimentos, é hora de consolidar o que está em andamento e cuidar da infraestrutura para que o desenvolvimento se dê com inclusão social.
Fonte: Diário de Pernambuco(PE)/Micheline batista
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