Suape quer ser a porta de entrada de carros no NE

No dia em que inaugurou oficialmente as operações do centro de distribuição da General Motors (GM) no Porto de Suape, o governo de Pernambuco informou que negocia a atração de mais três montadoras para o local. A ideia é transformar Suape em um porto estratégico para importação e distribuição de veículos pelas regiões Norte e Nordeste do país, onde as vendas de veículos crescem acima da média nacional. A informação é do secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, Fernando Bezerra Coelho, que admitiu conversas com Fiat, Volkswagen e Land Rover.
No caso da GM, a empresa pretende mandar anualmente para Suape cerca de 25 mil unidades do modelo Ágile, que é produzido em Rosário, na Argentina. Até então, esses veículos eram desembarcados no Brasil pelo Porto de Rio Grande (RS), de onde partiam para o resto do país em caminhões-cegonha. "Vamos ganhar pelo menos três dias no transporte, o que irá diminuir nossos custos de logística", afirmou o presidente da GM para o Brasil e o Mercosul, Jaime Ardila. O Nordeste responde por cerca de 30% das vendas da montadora no país e apresenta as maiores taxas de crescimento dos negócios.
Em uma segunda etapa, informou o executivo, a intenção da GM é expandir o número de modelos importados desembaraçados em Suape. Os próximos modelos devem ser o Malibu e o Camaro, fabricados nos Estados Unidos e no Canadá, respectivamente. Após isso, prevê o presidente da GM, poderá haver até a necessidade de montagem de veículos em Pernambuco, porém ainda não há nada de concreto.
"Atualmente não existe qualquer necessidade de uma capacidade adicional. Mas um dia vai precisar, e Pernambuco será um dos locais que podem ser considerados", explicou Ardila.
Sobre o projeto de expansão anunciado para a unidade de Gravataí (RS), em um valor próximo a R$ 1,4 bilhão, o executivo afirmou que está em fase de negociação com fornecedores, conversas que devem se estender durante todo este ano. "A partir de 2011 devem começar as mudanças físicas na fábrica", afirmou Ardila, que prevê o início das operações para 2012.
A queda nas vendas de veículos percebida em abril foi considerada "muito ruim" pelo presidente da GM no Brasil, apesar de acreditar que se trata de um movimento passageiro, de acomodação ao fim do IPI reduzido. O executivo prevê, no entanto, que maio deve registrar vendas de cerca de 270 mil unidades, ainda abaixo do observado em abril, quando 277 mil veículos foram licenciados. "A partir dejunho volta a crescer forte", projeta.

Fonte: Valor Econômico/Murillo Camarotto, de Ipojuca (PE)

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