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MSC

TCP vai propor novo ciclo de investimentos ao governo

O Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP), controlado pela China Merchants Port, deverá propor ao governo federal um novo ciclo de investimentos em seu terminal. O grupo, que nos últimos anos investiu R$ 600 milhões em função da renovação antecipada de seu contrato, firmada em 2016, já planeja uma ampliação adicional, visando o longo prazo, afirma Thomas Lima, diretor da companhia.

O executivo diz que ainda não pode abrir os valores em análise, porque antes será preciso estudar qual o arranjo jurídico possível para a expansão da concessão, o que demandará um novo acordo com o governo federal.


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Estão em avaliação dois planos de ampliação. O primeiro deles, já pré-aprovado pelo acionista, seria mais “contido”, porém, ainda com um volume grande de investimentos, diz Lima. Os estudos de engenharia estão sendo concluídos, e a empresa pretende iniciar a negociação com o governo no segundo semestre. O segundo projeto, mais ambicioso, ainda passa por aprovações internas.

A ideia seria tanto aumentar a estrutura interna do terminal quanto dar mais eficiência na movimentação de carga, por exemplo, com a aquisição de novos equipamentos.

Em 2016, a TCP já fez um acordo com o governo federal para renovar seu contrato antecipadamente, até 2048, em troca de investimentos de R$ 1,1 bilhão. Desse montante, foram investidos até agora R$ 600 milhões, que já garantiram a ampliação da capacidade do terminal de 1,5 milhão de TEUs (contêineres de 20 pés) por ano para 2,5 milhões de TEUs. O restante do valor será aplicado até o fim do contrato em modernizações, novos equipamentos e sistemas.

Legalmente, não é possível recorrer novamente à renovação antecipada para incluir os investimentos e, por isso, o grupo ainda terá que estudar como viabilizar o projeto dentro do contrato.

O objetivo da companhia é se antecipar ao aumento de demanda do agronegócio brasileiro, afirma o executivo. “São investimentos que levam tempo, requerem a obtenção de licenças, encomenda de grandes equipamentos. Isso leva anos e queremos nos preparar. A perspectiva é que o Brasil se consolide cada vez mais como produtor de alimentos, e esse tipo de operação requer volume”, afirma Lima.

Em 2021, o TCP registrou a movimentação de 1,1 milhão de TEUs, aumento de 12% em relação ao ano anterior. A alta do ano foi puxada, principalmente, pelas importações de bens de consumo e eletrônicos.

Embora o volume tenha ficado bem abaixo da capacidade total, o terminal teve momentos de pico ao longo do ano, provocados pelo caos logístico vivido por todo o setor de logística na pandemia. No ápice da crise, entre março e junho de 2021, a capacidade do pátio chegou a 95% - o que ascendeu um alerta no grupo.

Neste ano, a projeção é que a movimentação chegue a 1,2 milhões de TEUs - isso sem contabilizar as operações de “break bulk” (como são chamados os embarques feitos diretamente no porão do navio) que têm sido relevantes, diante da escassez de contêineres no mercado global.

Os investimentos previstos para 2022 deverão somar R$ 50 milhões. Entre as intervenções previstas estão a expansão da área de armazenamento de contêineres refrigerados - com alta de cerca de 30% na capacidade - e melhorias no acesso de caminhões.

Questionado sobre o impacto do fim do Reporto (regime tributário que desonera investimentos), Lima diz que os investimentos não serão cancelados, já que a maior parte deles é obrigatória, mas que provavelmente será preciso postergá-los. “Caso o veto se confirme, deverão haver discussões jurídicas e de reequilíbrio contratual, porque a diferença de valor é muito grande.”

Fonte: Valor






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