Técnicos da empresa Doosan Heavy Industries & Construction estarão no Ceará no mês de outubro para a formatação do projeto de uma usina de dessalinização. Ontem o assessor especial para Assuntos Internacionais, Antônio Balhmann visitou a sede da companhia, na Coreia do Sul.
“Ficou definido de eles mandarem uma equipe técnica para o Ceará em outubro, para que possam apanhar dados e compor o primeiro modelo da usina, que deverá ser de alto rendimento de dessalinização”. A empresa possui uma unidade que gera 45 milhões de metros cúbicos de água dessalinizada por dia.
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O recurso seria destinado ao abastecimento do Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Cipp). “O interesse é abastecer o Cipp e seu entorno, especialmente a ZPE (Zona de Processamento de Exportação)”, avalia Balhmann. Ele não descarta a possibilidade de, caso o projeto siga adiante, que essa seja uma alternativa para o abastecimento de cidades no Estado que sofrem com a crise hídrica.
“O modelo ainda não está definido ou como se vai operacionalizar o investimento. Logicamente veremos o custo dessa operação. O governador Camilo Santana (PT) vai dizer qual o desenho que melhor se encaixa para o Ceará”, disse.
Adianta que, a operacionalização para o abastecimento e distribuição deverá ser dialogada com a iniciativa privada. “A água tem o propósito para o consumo humano, dependendo do investimento, poderá ser levada para outras localidades. É um pressuposto nosso”, afirma. Para que o investimento se torne exequível para o Estado, o custo do litro da água retirada do mar terá de ser mais competitivo em relação às outras fontes de origem (rio, poço, represa, açudes, etc).
A Doosan Heavy Industries & Construction atua no mercado do Oriente Médio e também na Arábia Saudita.
(Fonte: O Povo (CED)/Átila Varela)