Guindastes devem custar US$ 25 milhões e operar após 2013
Para aprimorar a movimentação de contêineres, o Tecon Rio Grande pretende adquirir seis guindastes RTGs (sobre pneus) e dois portêineres (sobre trilhos). O investimento nos equipamentos totalizará aproximadamente US$ 25 milhões e será realizado entre o próximo ano e 2013. De acordo com o diretor-presidente da empresa, Paulo Bertinetti, a iniciativa agilizará a operação do terminal rio-grandino.
O dirigente participou nessa quinta-feira da Expocargo 2011 - Feira de Comércio Exterior e Logística, que se encerra nesta sexta-feira na Fiergs. Na ocasião, ainda foi apresentado o serviço de reefer intelligence do Tecon Rio Grande, que oferece suporte aos clientes do segmento de cargas refrigeradas. O sistema tem como objetivo sanar dúvidas operacionais e de cobrança, auxiliar nos processos de vistoria, disponibilizar aos exportadores controles estatísticos e prestar informações sobre mercados e soluções logísticas etc. A partir de fevereiro, o Tecon Rio Grande passa a contar também com uma estrutura para carga refrigerada localizada próxima ao terminal, em parceria com a Martini Meat. O armazém terá capacidade para 13 mil toneladas e, com essa instalação, o movimento pode aumentar de 15% a 20% na exportação de carga refrigerada pelo terminal.
Sobre a Expocargo, o diretor da Sinal Comunicações (organizadora da feira), Luiz Reni Marques, informa que a expectativa é de que a feira que se encerra nesta sexta-feira registre em torno de 12 mil visitantes. Ele estima que serão movimentados cerca de R$ 120 milhões em negócios envolvendo transportadoras multimodais, agentes portuários, entre outros. Marques lembra que, paralelo às rodadas de negócios, há o Fórum Expocargo para debater temas relativos ao setor logístico.
Entre os assuntos de interesse dos operadores de terminais estão os benefícios fiscais que alguns estados concedem para as importações. Em Santa Catarina, por exemplo, apesar do ICMS incidente sobre as importações ser de 17%, o programa Pró-Emprego permite que na prática esse percentual caia para 3,4%.
O diretor-presidente do Tecon Rio Grande é um dos defensores do fim da guerra fiscal entre os estados. "Isonomia é uma palavra muito bonita", salienta Bertinetti. Já o diretor-comercial da Santos Brasil, Roberto Tórtima, admite que o incentivo ajuda. No entanto, ele argumenta que, com a tendência de crescimento do comércio exterior e da cabotagem, um eventual cancelamento dos incentivos não representaria grande impacto na movimentação de contêineres na região catarinense. A Santos Brasil detém a concessão do Tecon Imbituba, a 360 quilômetros de distância de Porto Alegre e de Curitiba.
Fonte: Jornal do Comércio / Jefferson Klein
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