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Ternium faz acordo para usina no RJ

A Ternium, braço siderúrgico do grupo ítalo-argentino Techint na América Latina, avançou no projeto para instalar uma usina de placas de aço na retroárea industrial do superporto do Açu, da LLX Logística, empresa do grupo Eike Batista. Ontem, três anos após o início das conversas entre Eike e Paolo Rocca, principal executivo do Techint, foi celebrado um contrato comercial entre eles.

No entanto, segundo apurou o Valor, a Ternium aguarda que pelo menos quatro pontos importantes sejam resolvidos em tempo hábil para viabilizar o projeto, cuja data prevista de entrar em operação é o fim de 2013. A empresa quer ter a posse judicial do terreno de 1.389 hectares onde a usina será erguida até março de 2011; necessita obter licenças ambientais prévia e de instalação para iniciar as obras também em 2011; a aprovação pela Assembleia legislativa do Rio de uma lei de incentivos fiscais que garanta isonomia às siderúrgicas que serão instaladas no Estado em linha com a lei negociada para beneficiar a ThyssenKrupp CSA e, por último, garantia de que o mineroduto da Anglo Ferrous, do grupo Anglo American, que vai fornecer o minério de ferro à siderúrgica, seja concluído até o fim de 2013.

A siderúrgica da Techint será construída no modelo de usina integrada, com coqueria, sinterização de minério, dois altos-fornos e aciaria. Está desenhada, numa primeira etapa, com capacidade de fazer 2,6 milhões de toneladas de placas de aço por ano. Poderá atingir 5 milhões de toneladas numa fase posterior. O projeto de engenharia já está pronto e se as medidas necessárias ao andamento da obra forem implementadas até junho de 2011, a empresa, segundo fontes envolvidas nas negociações, acredita que terá condições de alcançar 5 milhões de toneladas em três anos.

A Ternium já firmou um acordo de longo prazo de fornecimento de minério com a Anglo Ferrous. Tudo vai depender agora do andamento dos trabalhos do mineroduto - que enfrenta atrasos nas obras por conta de desapropriações e licenças ambientais - que a Anglo está construindo para transportar o minério a ser extraídas de suas jazidas, em Minas, até o porto Açu.

Em princípio, produção será exportada para laminadoras do México e Argentina, com déficit de 3,7 milhões de placas

No início, toda a produção da Ternium Brasil será exportada para suas laminadoras do México e Argentina, pois tem um déficit de 3,7 milhões de placas para produtos finais nessas usinas. No México, opera a Hylsamex, e na Argentina, a Siderar. A venezuelana Sidor, que era sua controlada, foi desapropriada pelo governo Chavez em 2007. A Venezuela pagou indenização de US$ 2 bilhões a empresa.

A meta do grupo Techint é tornar a Ternium o maior grupo latino americano de aço plano. A ideia de investir no Brasil vinha sendo alimentada há tempos e as primeiras conversas com Eike ocorreram em 2007. Mas, com a crise econômica de 2008 que derrubou os mercados financeiro e de commodities, as negociações ficaram em "banho maria". Há um ano, a Ternium instalou um escritório no Rio para desenvolver o projeto, contando com o suporte nos estudos da empreiteira da Techint, que tem mão de obra especializada.

A Techint foi atraída pela localização da área industrial do Açu e pela disponibilidade e qualidade do minério de ferro. A matéria-prima e a logística ajudam a reduzir o custo do aço "made in Brazil".

Fonte: Valor Econômico/Vera Saavedra Durão | De São Paulo


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