A primeira usina siderúrgica a se instalar no distrito industrial do Porto do Açu, em São João da Barra, no norte do Estado do Rio de Janeiro, será da Ternium, empresa do grupo ítalo-argentino Techint. Na terça-feira, o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) aprovou a licença prévia do projeto, que tem investimento avaliado em US$ 4,7 bilhões.
O projeto vai abrigar duas unidades: uma pelotizadora de ferro orçada em US$ 1,2 bilhão e uma unidade de produção de placas - com uma coqueria e dois altos-fornos - com capacidade de produzir 3,7 milhões de toneladas por ano e custo estimado em US$ 3,5 bilhões. A produção de placas ira suprir duas laminadoras da Ternium, uma no México e outra na Argentina.
Segundo fonte próxima ao grupo, a empresa já fechou contrato com a Anglo American para ter o fornecimento de 8 milhões a 9 milhões de toneladas de minério de ferro/ano, por 20 anos, para abastecimento da siderúrgica.
Com a licença prévia e a perspectiva de que a licença de instalação do empreendimento saia até o fim do ano, a expectativa é de que a siderúrgica entre em operação no fim de 2013 ou início de 2014, quando também deverá ficar pronto o mineroduto da Anglo American que irá escoar a produção de minério da companhia em Minas Gerais.
Este será o quarto projeto da Ternium na América Latina e o primeiro no Brasil. Além da usina, o Porto do Açu, de propriedade de LLX, já tem previstos para o seu distrito industrial o terminal de exportação da Anglo American e duas térmicas da MPX.
O secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado do Rio, Júlio Bueno, confirmou a obtenção da licença e o acordo fechado com a Anglo American e destacou que estão sendo acertados os últimos trâmites, relativos a incentivos fiscais, com a Ternium. "Serão nas mesmas bases do que foi concedido a ThyssenKrupp CSA ", disse. Assim, a siderúrgica teria benefícios de cerca de R$ 500 milhões.
Os executivos da Ternium no Brasil foram procurados, mas se encontram em viagem no exterior.
Fonte: Valor Econômico/Vera Saavedra Durão | Do Rio
PUBLICIDADE