O terremoto no Japão não trouxe impacto para o terminal portuário da indústria brasileira de suco de laranja naquele país, mas companhias ainda avaliam se o consumo será afetado no terceiro maior mercado importador da bebida nacional. O Japão consome pouco mais de 80 mil toneladas de suco de laranja concentrado e congelado por ano, em média, e responde por 3% das exportações brasileiras do setor, com uma receita anual em torno de US$ 50 milhões.
O país fica atrás da Europa, que domina 70% das importações, e dos Estados Unidos, com 20%. Segundo o presidente da Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos (CitrusBR), Christian Lohbauer, ainda não é possível prever como o mercado japonês para o suco vai reagir após o terremoto, porque "a indústria não tem ideia para onde a bebida é distribuída, já que a entrega é para o engarrafador", disse.
Ainda segundo o executivo, apesar de o suco de laranja não ser um bem de primeira necessidade, é possível que a demanda pela bebida cresça, por ser um alimento, cujo consumo geralmente cresce em tempos de catástrofes. No Japão, as companhias Cutrale e Citrosuco dividem um terminal para desembarque de suco a granel no porto de Toyohashi, região central do país, que não sofreu impactos estruturais com o terremoto. A Citrosuco informou que os funcionários da unidade estão bem, apesar de assustados.
Fonte: G1
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