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Vale planeja investir R$ 3,5 bi para ampliar FCA e terminal da Ultrafertil

A Vale planeja investir R$ 3,5 bilhões nos próximos quatro anos no aumento da capacidade de transporte de dois importantes ativos do grupo: a Ferrovia Centro-Atlântica (FCA) e o Terminal Marítimo da Ultrafertil (TUF), em Santos (SP). Segundo o diretor de Logística de Carga Geral da companhia, Marcello Spinelli, o plano é investir em quatro terminais da ferrovia no interior de São Paulo e Minas Gerais, adquirir mais trens e ampliar o TUF, hoje com um berço, com a construção de mais três. A FCA corta sete Estados: os quatro do Sudeste mais Bahia, Sergipe e Goiás.

Os investimentos estão sujeitos à aprovação do conselho de administração da empresa e parte do valor será realizado com parceiros comerciais e parte com recursos próprios. O objetivo da Vale é tornar o terminal portuário forte na movimentação de produtos agrícolas, principalmente o açúcar vindo via ferrovia da região Oeste de São Paulo e do Triângulo Mineiro, que deve se tornar a segunda carga mais movimentada na Centro-Atlântica.

"O terminal [TUF] tem um potencial de conexão com a ferrovia único, por não ter interferência da cidade. Era a peça que faltava para fechar o corredor ferroviário da Centro-Atlântica para Santos", diz Spinelli. O TUF passou para a Vale com a compra da Ultrafertil no ano passado e a criação da Vale Fertilizantes. Na semana passada, a mineradora assinou acordo para a formação de uma joint venture com a Vale Fertilizantes para a exploração da concessão do TUF. A Vale terá uma participação de 51% na joint venture, com o pagamento de R$ 150 milhões à Vale Fertilizantes e aporte de R$ 432 milhões para financiar o plano de investimentos do terminal.

Hoje o terminal é exclusivo de importação de fertilizantes em geral. Com a construção de mais três berços, ele terá capacidade para movimentar granéis e passará a ser o maior terminal do porto de Santos. O potencial de movimentação de cargas será de até 16 milhões de toneladas anuais, e todo o adicional de movimentação ocorrerá somente por ferrovia. "O que a gente vai construir de armazenagem vai incrementar em 30% a capacidade de movimentação de granéis agrícolas no porto de Santos", diz o executivo.

Serão ampliados os terminais ferroviários da Centro-Atlântica localizados nas cidades paulistas de Ribeirão Preto e Aguaí - obras já iniciadas - e São Joaquim da Barra, que deve começar neste segundo semestre. Os três devem ficar prontos em abril. Também será construído um terminal no município mineiro de Uberlândia. As obras devem começar no fim do ano, com entrega prevista para abril de 2013.

A ampliação do porto, com o aumento dos pátios e construção de armazéns, por sua vez, deve ficar pronta em 2015. "Com esses investimentos, o açúcar deve ganhar grande importância nas cargas transportadas pela Centro-Atlântica", diz Spinelli sobre os polos agrícolas que serão atendidos pelos novos terminais ferroviários.

Também serão construídos onze quilômetros de linha férrea dentro do TUF, que permitirão que o trem entre e descarregue a carga em no máximo 6 horas, num sistema como um carrocel. "Hoje o descarregamento de cargas de um trem no porto de Santos demora 48 horas porque o trem não consegue entrar sem ser desmembrado", explica o diretor da Vale.

Um dos impactos esperados com o conjunto de investimentos é a redução do número de caminhões circulando nas estradas paulistas. Segundo cálculo da empresa, o aumento da capacidade de transporte da ferrovia poderá tirar mais de mil caminhões por dia das estradas de São Paulo. "É um investimentos extremamente importante para o Estado, devido à saturação do transporte rodoviário", diz o secretário estadual de Desenvolvimento, Paulo Alexandre Barbosa.

A Vale assinará hoje com o governo paulista um protocolo de intenções para a realização desses investimentos. A cerimônia acontece no Palácio dos Bandeirantes com a presença do governador Geraldo Alckmin (PSDB). O governo define sua atuação como o de indutor dos investimentos, facilitando os processos para a sua realização, como o licenciamento ambiental, trabalho que vem sendo realizado pela agência pública Investe São Paulo. "A assinatura do protocolo estabelece essa colaboração e dá a possibilidade de benefícios tributários, que precisam ser detalhados", diz Barbosa.

Fonte:Valor Econômico/Samantha Maia | De São Paulo


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