Com a ampliação, a planta catarinense passará a ter capacidade de produção de 2,1 milhões de toneladas por ano. Foto Divulgação
A ArcelorMittal Vega, uma das principais siderúrgicas da América Latina, vai investir US$ 325 milhões na unidade de São Francisco do Sul entre 2011 e 2014. A informação foi feita pelo gerente-geral da empresa em Santa Catarina, Alvaro Ribeiro, durante reunião na Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (FIESC).
O montante será destinado para a construção de uma nova linha de galvanização, com o intuito de atender à indústria automotiva. Com previsão de inauguração para abril de 2014, a ampliação deve elevar a capacidade de produção em até 700 mil toneladas por ano.
Somadas às duas linhas já em operação, a planta catarinense passará a ter capacidade de produção de 2,1 milhões de toneladas por ano.
A previsão é que com a ampliação, cerca de 350 novas vagas sejam abertas. Atualmente, o parque fabril da empresa em São Francisco do Sul conta com cerca de 1.250 empregos diretos e indiretos. No Brasil, a ArcelorMittal tem 15 mil funcionários.
Receita líquida
Em 2010, a companhia registrou receita líquida de US$ 10 bilhões e EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortizações) de US$ 2,2 bilhões. Para Alvaro Ribeiro, os trabalhos se intensificarão a partir do semestre, quando já deve haver movimento de obra e de compra de equipamentos.
O projeto prevê US$ 245 milhões para a aquisição de máquinas e tecnologia, US$ 50 milhões para a montagem do empreendimento, e US$ 30 milhões para obras de construção. Durante a construção haverá picos com mil trabalhadores na obra.
Santa Catarina
Maior grupo do setor siderúrgico no mundo, a ArcelorMittal investiu em Santa Catarina US$ 420 milhões entre 2000 a 2003 e mais US$ 150 milhões entre 2008 e 2010. Hoje, a produção anual da Vega, de 1,4 milhão de toneladas, equivale a 2 milhões de veículos (considerando a carroceria). "Já fizemos o maior investimento privado da história do estado, entre 2000 e 2003, e acredito que este novo será o segundo maior", disse o gerente.
A localização da empresa no Estado é extremamente estratégica pelo fato de estar próximo aos principais consumidores, no entanto, o gerente afirmou que as condições atuais da BR-280 dificultam a movimentação de cargas da planta do norte catarinense. "Com a rodovia do jeito que está, o custo com o transporte deve aumentar assustadoramente." Ribeiro também lamentou a falta de acesso ao recém inaugurado Porto de Itapoá, onde foram investidos mais de R$ 400 milhões. "É deprimente a ação política", conclui.
Fonte: econcomia SC
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