Do último encontro dos líderes mundiais, no COP 21, realizado na França em 2015, quando foi criado o Acordo de Paris com o objetivo de minimizar as consequências do aquecimento global, até o novo encontro do COP 25 em Madrid, na Espanha, os deveres de casa foram um tanto limitados.
O Brasil participou das últimas edições e também fará parte desta, com a possibilidade de talvez ser repreendido por conta dos sucessivos incêndios nas florestas brasileiras, em especial a Amazônia.
PUBLICIDADE
De acordo com o último levantamento realizado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), a emissão global de gases do efeito estufa precisa cair 7,6% ao ano entre 2020 e 2030. Caso isso não aconteça, o mundo não conseguirá alcançar a meta de limitar o aumento da temperatura em 1,5? C.
Para que isso possa ser uma realidade, a ambição dos países deverá ser cinco vezes maior, ou seja, será necessário reduzir as emissões em 45% até 2030 e atingir a neutralidade em 2050. Esse será o maior debate entre os líderes mundiais, visto que muitos países ainda se encontram com uma série de desvantagens.
É um desafio difícil, mas necessário. O homem trava diariamente a sua guerra contra o planeta, porém esquece que sem planeta não há vida. A COP 25 será presidida pelo governo do Chile, com o apoio logístico, enquanto a sede do evento, do governo da Espanha.
No seu primeiro pronunciamento, o chefe da ONU, Antonio Guterres, apontou que a biodiversidade na terra e no mar está sob ataque severo. Lamentou também a falta de vontade política de alguns países em inovar e buscar energias alternativas, mudando a velha matriz industrial.
Este encontro será marcado por debates políticos de possíveis acordos e alianças — uma aliança pelo planeta e, em especial, pela manutenção de vida na Terra e todas as formas de vida.
Rodrigo Berté é diretor da Escola Superior de Saúde, Biociências, Meio Ambiente e Humanidades do Centro Universitário Internacional Uninter