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Navalshore

Na expectativa dos contratos

A indústria naval brasileira está na expectativa de novos contratos. Em agosto, na Marintec 2018, essa expectativa era parte da conversa em todos os estandes. A regularidade dos leilões da ANP é o fato novo que traz de volta contratos de construção de navios petroleiros, aliviadores, apoio marítimo e de plataformas FPSOs. A Rio Oil & Gas 2018, realizada a cada dois anos, ocorre nos próximos dias 26 a 27 de setembro. Entre os palestrantes estão confirmados executivos internacionais da TechnipFMC, Exxon Mobil, BP, Modec e a diretora da Petrobras, Solange Guedes.

 


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A Marintec 2018 apresentou um excelente panorama do setor. O estaleiro Detroit (SC) mostrou visão da continuidade, principalmente nas obras para a empresa de navegação de apoio portuário e marítimo do grupo, a Starnav, terceira maior frota de navios de apoio brasileira. O estaleiro Rio Maguari (PA), em operação há 35 anos, informa a construção de 300 embarcações em seis anos, rebocadores, empurradores e barcaças para o transporte fluvial de grãos através dos rios da Amazônia.

O estaleiro da Ecovix (RS), cuja recuperação judicial pedida em dezembro de 2016 foi homologada em agosto, ocupou um estande discreto. O dique de 350 metros de comprimento é um dos ativos mais valiosos para a construção de cascos de FPSO. A determinação judicial é de venda de obras não concluídas que ocupam o dique e impedem novas obras. Para gerar receita pretende operar como terminal portuário privado e processar aço para o setor metal mecânico.

O estaleiro Enseada (BA), em recuperação extrajudicial desde novembro de 2017, realizou apresentação durante a Marintec 2018, informando obtenção de licença ambiental para implantar terminal de combustíveis. Negocia com uma distribuidora a construção de unidades de tancagem com capacidade de 50 mil metros cúbicos, com espaço para duplicação e capacidade de mistura com etanol e biodiesel, criando alternativa ao porto de Aratu, que opera na capacidade máxima. Não há previsão para construção do dique seco.

O avanço da tecnologia digital nos sistemas de navegação e controle prosseguem em direção à indústria 4.0, que amplia a conexão entre os equipamentos diante da necessidade de melhoria contínua da operação da frota. Celso Pinheiro, diretor da Vision Marine, representa os fabricantes de equipamentos de controle e navegação para o sistema integrado da ponte de comando, Sperry Marine, Northrop Grumman e outros.

A Vision Marine faz a manutenção dos equipamentos, atualiza os sistemas, investiu nos simuladores e mantém a certificação internacional do Nautical Institute (Reino Unido), que audita periodicamente o treinamento de oficiais de náutica para operação em DP (posicionamento dinâmico) básico, avançado e atualização (refresher);  Electronic Chart Display and Information System (ECDIS) para navegação, conforme regras do International Maritime Organization (IMO), que substitui as cartas náuticas em papel; Gerenciamento de Recursos de Passadiço (EGPO) e Major Emergency Management (MEM).

Pedro Pinheiro, engenheiro de sistemas e gerente de treinamento, relata que até 2014 eram atendidas três turmas por semana. A atividade foi reduzida até 2017 quando iniciou a recuperação da demanda que prossegue em 2018. Louise Engel, instrutora do centro de treinamento e consultora, dá informações aos jovens do curso de oficiais de náutica do Ciaga, interessados e otimistas, demonstram a chegada de uma nova geração ao transporte marítimo, uma atividade permanente através da história.

Ivan Leão é diretor da Ivens Consult






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