A Petrobras confirma o abandono da tuneladora e nega ter favorecido a Schahin ao não aplicar multas.
"Caso a decisão pela compra e abandono da tuneladora não tivesse sido tomada, a conclusão das obras do gasoduto sofreria um atraso de 104 dias", disse a empresa em resposta por e-mail.
A companhia informou que, em caso de atraso, haveria uma perda de mais de R$ 700 milhões à época, número apurado a partir da perspectiva de perda de produção de óleo e o diferencial de custo com alternativas para o suprimento de gás ao mercado.
A Petrobras diz ainda que a tuneladora não foi contratada sem licitação e não houve favorecimento.
Ainda segundo a estatal, 16 empresas foram convidadas a participar e cinco apresentaram propostas. A Schahin venceu com a melhor proposta (menor preço).
A Petrobras afirma que o atraso no cronograma do túnel do gasoduto ocorreu por problemas geológicos não previstos, o que levou a Schahin a exibir "performance aquém da estimada na escavação do túnel". Por isso, não foram aplicadas as multas previstas em contrato.
A estatal esclarece ainda que os custos adicionais não foram repassados aos contratos com o setor elétrico.
Consultada, a Schahin não fez comentários por ter uma cláusula de confidencialidade com a Petrobras.
Fonte: Folha de S.Paulo
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