O presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Celso Casale, considerou positiva a prorrogação do Programa de Sustentação do Investimento (PSI) até 2012, regulamentada hoje pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), mas criticou as taxas de juros para o setor, de 6,5% a 8,7% ao ano, dependendo da operação. "São taxas altas e trabalhamos para que isso seja modificado com a reformulação do Moderfrota e ainda a criação de linhas de financiamentos para os médios produtores rurais", disse.
Casale lembrou que o PSI, criado emergencialmente em julho de 2009 durante a crise econômica, de certa forma substituiu outros programas, como o Moderfrota, justamente pelas taxas de juros iniciais mais baixas. Com as prorrogações do PSI, as taxas subiram e agora prejudicam justamente o médio produtor, segundo ele. "O pequeno produtor já se beneficia com os financiamentos do Pronaf para a agricultura familiar; os grandes conseguem pagar os juros de até 9% ao ano", disse. "Mas os médios não conseguem renovar a frota", completou.
Ainda segundo o dirigente da Abimaq, o programa negociado entre indústria e governo para atender exclusivamente esse médio produtor teria taxas anuais de juros entre 3% e 4%, prazos de dez anos para amortização do empréstimo e três anos de carência.
Fonte: O Estado do Paraná
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