O Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (Inda) divulgou que os estoques de aço nas mãos da distribuição corresponderam a quatro meses de venda em julho, confirmando a expectativa do setor. No fim do mês passado, os estoques somaram o volume recorde de 1,255 milhão de toneladas. Durante a crise financeira internacional, os estoques chegaram ao total de seis meses de vendas. "Agora, o volume vendido está relativamente alto", disse o presidente do Inda, Carlos Loureiro. Os distribuidores de aço venderam 316 mil toneladas em julho, 3,3% a menos que as 327 mil toneladas de junho. No mês de agosto, o volume comprado pelos distribuidores e os estoques deverão se estabilizar, na avaliação de Loureiro.
"A partir de setembro, o volume começa a se ajustar", diz o presidente do Inda. Segundo ele, os estoques estarão "ajustados" entre novembro e janeiro, correspondendo a 2,6 ou 2,7 meses de vendas, situação considerada "confortável". A expectativa do presidente da Frefer, Christiano da Cunha Freire, é que os estoques retornem aos níveis normais em 90 dias. "Os distribuidores estão reduzindo as compras das usinas", diz Freire.
Diante dos estoques atuais, o setor está restringindo importações, segundo Loureiro. "As usinas estão adotando uma política comercial para fazer frente a esse problema dos estoques", acrescentou o presidente do Inda, sem detalhar as mudanças feitas pelas siderúrgicas. A Usiminas e a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) começaram a conceder descontos aos clientes da distribuição no último dia 13. A Usiminas estaria aplicando reduções provisórias da ordem de 13% para chapas grossas, e a CSN, de 15% para aços revestidos para os próximos 45 dias. Na ocasião, as empresas não comentaram o assunto. A intenção das usinas é aproximar seus preços dos valores internacionais do aço, para fazer frente à concorrência com as importações.
Fonte: Monitor Mercantil
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