Neste domingo, 24, completa 25 anos um dos principais projetos metalúrgicos instalados no Pará. Em 1985, a criação da Alumínio Brasileiro S.A (Albras), no município de Barcarena, selou um acordo geopolítico e econômico entre os governos brasileiro e japonês, dando o primeiro passo para a chegada de grandes empreendimentos a um dos principais polos de desenvolvimento do Brasil.
O potencial hídrico foi fator determinante para a escolha do Pará para sediar a empresa, já que o processo de produção do alumínio primário exige potencial de geração de energia. Atendendo a essa finalidade, foi construída a Usina Hidrelétrica de Tucuruí que, em seu projeto inicial, seria destinada somente a abastecer os processos da Albras, que geraria, por sua vez, cerca de 640 mil toneladas de alumínio por ano.
A ambiciosa iniciativa envolveu, primeiramente, a equipe técnica da então estatal brasileira Vale, que entrou como acionista da Albras juntamente com o consórcio Nippon Amazon Aluminium Co. (NAAC), cujo principal membro é o governo do Japão. Com o desenvolvimento das primeiras etapas, a empresa absorveu a mão de obra local e de outros lugares do país.
Para os primeiros empregados, muitos foram os desafios que permearam essa atividade totalmente nova na região. “Tivemos que superar a inexperiência na medida em que nos deparamos com coisas que nunca tínhamos vivenciado”, explica Benedito Zacarias, que trabalha na Albras há 25 anos.
Hoje, a empresa produz mais de 460 mil toneladas/ano. Parte deste alumínio vai para o Japão é corresponde a 10% do consumo do país. Com esse mesmo espírito de cooperação, a empresa cresceu, alavancando consigo a região do Baixo Tocantins e o Pará como um todo. Hoje 96% do corpo funcional é paraense, pessoas vindas principalmente das cidades de Belém, Abaetetuba e Barcarena.
A empresa é reconhecida por ter um clima organizacional digno de poucas companhias brasileiras, vantagem que a colocou, por 11 vezes, entre as “150 Melhores Empresas para Você Trabalhar”, ranking elaborado pelas revistas Você/AS e Exame.
Como consequência deste modelo de gestão, a Albras conquistou quatro certificações internacionais: ISO9001 (qualidade), ISO 14001 (gerenciamento ambiental), OHSAS 18001 (saúde e segurança ocupacional) e SA 8000 (responsabilidade social), tendo sido uma das primeiras empresas brasileiras a possuir estas referências e uma das únicas do Pará.
A Albras também é ganhadora do Prêmio Anefac – Fipecafi Serasa Experian, que concede o Troféu Transparência às empresas brasileiras com os melhores balanços financeiros. Pela quarta vez, a metalúrgica ficou entre as cinco melhores empresas de capital fechado contempladas com o troféu.
As demonstrações contábeis também apontam as contribuições da Albras para o Pará. A circulação de capital gerada pela empresa no estado é de cerca de 340 milhões de dólares ao ano. Em 25 anos, foram gerados mais de 12 bilhões de dólares em divisas para o Brasil.
A Albras vive um momento de mudança para um novo patamar de produtividade e competitividade dentro do mercado mundial do alumínio. A transição abre novas perspectivas para a empresa, com ganhos em produção e qualificação do corpo funcional.
Fonte: Diário do Pará
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