ANP aprova acordo de individualização de produção da jazida de Lula

: Rosângela; Economia; 18/03/2019 - 16:50

A Petrobras informou hoje que a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) aprovou a sua proposta de Acordo de Individualização da Produção (AIP) da jazida compartilhada de Lula, localizada na Bacia de Santos. A decisão passará a valer a partir de 1 de abril.

O acordo estabelece as participações de cada uma das empresas com quem a Petrobras compartilha a jazida e as regras da execução conjunta das operações de desenvolvimento e produção de petróleo e gás natural no local.

A jazida é compartilhada pela Petrobras, com participação de 65%, em parceria com a Shell (25%) e a Galp (10%), junto com o Bloco Sul de Tupi do contrato de cessão onerosa (campo de Sul de Lula), no qual a Petrobras detém a totalidade de participação, e a área não contratada pertence à União, representada pela Pré-Sal Petróleo (PPSA).

Com a decisão da ANP, a Petrobras passará a deter uma participação de 67,2% na jazida compartilhada de Lula, com a Shell ficando com 23%, a Petrogal Brasil com 9,2% e a PPSA com 0,5%.

Segundo a Petrobras, a medida gerará um aumento da produção de até 20 barris de óleo por dia (bpd). “Adicionalmente, será necessária uma equalização entre os gastos incorridos e a receita obtida com os volumes produzidos até a data da efetividade do AIP, cujo resultado líquido estimado não é considerado material para a companhia”, diz trecho do comunicado.

Pré-pagamento ao Banco do Brasil

A Petrobras também informou que realizou, na sexta-feira, o pré-pagamento de notas de crédito à exportação com o Banco do Brasil, totalizando R$ 7 bilhões, cujo vencimento ocorreria em 2022.

Segundo a companhia, a operação está em linha com o Plano de Resiliência e com a estratégia de gerenciamento de passivos, que visa à melhora do perfil de amortização e do custo da dívida, levando em consideração a meta de desalavancagem prevista em seu Plano de Negócios e Gestão 2019-2023.

Na semana passada, a Petrobras captou US$ 3 bilhões com a oferta de títulos que vencem em dez e 30 anos. O dinheiro deve ser usado para recomprar papéis mais antigos e mais caros.

Fonte: Valor