A ArcelorMittal Tubarão, subsidiária de aços planos do grupo indo-europeu ArcelorMittal, não está preocupada com a decisão de postergar a instalação da terceira linha de produção de aço galvanizado no país, anunciada esta semana. "A ArcelorMittal possui capacidade de produção suficiente para atender as demandas atuais do mercado", disse, por e-mail, ao Valor, Benjamin Baptista, CEO Aços Planos América do Sul e presidente da AMT.
O executivo não informou se vai recorrer a importações desse produto - usado principalmente pelas montadoras de automóveis - do próprio grupo, caso o mercado volte a se firmar após o esfriamento da demanda no Brasil e em outros países, como os da Europa. Voltou a reafirmar o teor da nota divulgada na quinta-feira: "Os planos de investimentos da ArcelorMittal Vega não foram cancelados, apenas adiados".
Baptista reiterou que a medida é temporária, devido às condições de mercado, e que a retomada do projeto, orçado em US$ 300 milhões, para produzir 550 mil toneladas por ano, será reavaliada oportunamente. Segundo informou, o projeto estava na fase de licitação da obra e equipamentos.
O executivo descartou antecipar a reforma do alto-forno 1 da AMT, com capacidade de 3,5 milhões de toneladas ao ano. "Está mantida para abril de 2012, com previsão de durar 90 dias". Esse forno começou a operar em 1983 e nunca foi reformado. O custo da obra será de US$ 170 milhões.
Por isso, vai religar o alto-forno 2, paralisado desde a crise de 2008. Assim, vai repor parte da produção de gusa que será perdida durante a parada. O equipamento tem capacidade para fazer 1,2 milhão de toneladas por ano.
Sobre o mercado, Baptista disse esperar uma pequena queda no consumo aparente de aço no Brasil este ano: "cerca de 1%, devido ao fato das importações estarem reduzindo bastante em relação a 2010", afirmou. Neste ano, a AMT tem previsão de produzir cerca de 5,4 milhões de toneladas de aço.
Fonte:Valor Econômico/Ivo Ribeiro | De São Paulo
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