Enquanto a equipe econômica estuda de onde cortar para fechar o Orçamento de 2021, representantes da indústria negociam com o governo um aumento dos recursos para o financiamento às exportações.
O pedido é que as despesas com o chamado Proex Equalização cheguem a R$ 1,6 bilhão no ano que vem. Segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI), a previsão atual é de R$ 1 bilhão. Há ainda um pedido para R$ 400 milhões a mais para o programa ainda neste ano.
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Nesse programa, o governo paga parte dos encargos financeiros das operações de crédito à exportação. O objetivo é tornar as condições dos empréstimos semelhantes às praticadas no mercado internacional e, assim, aumentar a competitividade dos produtos brasileiros.
Além da CNI, assinam o pedido as seguintes entidades: Fórum de Competitividade das Exportações (FCE); Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB); e Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq).
O governo tem até a próxima segunda-feira, 31 de agosto, para encaminhar ao Congresso o projeto de lei orçamentária anual. O pedido das entidades é que o pleito seja atendido antes desse prazo.
Em nota, o presidente da Abimaq, José Velloso, afirma que os recursos podem US$ 9 bilhões em vendas para o exterior:
"O PROEX Equalização é extremamente importante para a indústria de transformação brasileira. O programa, sozinho, com R$ 1,6 bilhão alocado para equalização de juros, pode alavancar US$ 9 bilhões, em dólares, em exportações. Poderíamos com isso gerar 1,5 milhão de empregos com carteira assinada e atender a mais de mil empresas nessa cadeia de fornecimento”, afirmou Velloso.
Questionado sobre a possibilidade de ampliar os recursos para o Proex, o Ministério da Economia não retornou.
Fonte: O Globo