Ganha cada vez mais força o nome de Giles Azevedo, atual chefe de gabinete da presidente Dilma Rousseff, para assumir o Ministério de Minas e Energia.
Senadores ouvidos pela Folha relatam que esse é o único nome cogitado no Palácio do Planalto.
No entanto, Azevedo não agrada a todos, que o chamaram de carregador de pastas de Dilma.
Azevedo ganha força, segundo eles, porque, no caso de um agravamento da crise do setor elétrico, ele seria alguém com disposição para assumir a pecha de "ministro do racionamento petista".
Extremamente fiel à presidente, Azevedo cumpriria à risca as orientações de Dilma, que, segundo correligionários, tem demonstrado preocupação com o setor no curto prazo.
Os senadores têm outro nome em mente e devem levá-lo à presidente na próxima semana: Flávio Decat, atual presidente de Furnas.
Apesar das ligações com a família Sarney, que lhe arranjou o posto de diretor de distribuição da Eletrobras, criado especificamente para ele, em 2008, Decat agrada também a senadores petistas, por ser técnico e com passagens por Cemig, Itaipu e Furnas.
Edison Lobão, apesar de ter completado no mês passado seis anos como ministro-somadas as suas duas passagens pelo MME-, é tudo o que o governo não quer à frente da pasta.
Inábil para mitigar a crise enfrentada pela Petrobras e pelo setor elétrico, ele tem se escondido atrás de Márcio Zimmermann, atual secretário-executivo, de Romeu Rufino, diretor-geral da Aneel, e de Mauricio Tolmasquim, presidente da EPE (Empresa de Pesquisa Energética).
Alguns dos senadores contam que Lobão chegou a entregar uma carta de demissão à presidente em 29 de outubro, um dia antes de Dilma viajar para a Bahia.
ANO CRÍTICO
O PMDB, embora tenha em Decat uma possibilidade de manter sua influência na pasta, abriu mão de indicar um político para o cargo, pois acredita que 2015 será um ano crítico para o ministério.
Além da crise do setor elétrico, no próximo ano, as denúncias em torno da Petrobras devem continuar a ser apuradas e o setor de mineração precisará de maior atenção com o andamento no Congresso do novo Código da Mineração.
Márcio Zimmermann, segundo na hierarquia, deixará o MME e deve assumir a presidência da Eletrobras.
Fonte: Folha de São Paulo/MACHADO DA COSTA DE SÃO PAULO
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