Espera-se que o Brasil e a Austrália reafirmem seu domínio do mercado de minério de ferro nos próximos dois anos, conforme uma série de novas minas entrem em operação após o levantamento das restrições da Covid-19.
As exportações de minério de ferro da Austrália devem crescer quase 6% no próximo ano, com o governo australiano agora indicando que os volumes totais de exportação podem chegar a 874 milhões de toneladas em 2021, aumentando para 923 milhões em 2022 e novamente para 948 milhões de toneladas em 2023.
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O salto reflete o recente relaxamento das condições relacionadas à Covid-19, o que permitiu às empresas de mineração retomarem seus planos de desenvolver novas capacidades de mineração.
Restrições sanitárias e falta de trabalhadores treinados impediram a Rio Tinto, por exemplo, de atingir a produção total (43 milhões de toneladas por ano) em sua mina de ferro Gudai-Darri no oeste da Austrália no início de 2022, conforme planejado.
O desenvolvimento coincide com um aumento simultâneo das exportações do Brasil, à medida que o país atingia níveis anteriores ao desastre da barragem de Brumadinho.
O governo australiano, que segue de perto as previsões de produção de seu concorrente mais próximo, estima que as exportações de minerais do Brasil podem crescer quase 9% em 2022 agora que a Vale aumentou a capacidade de produção em seu complexo de Vargem Grande e as operações de pelotização foram retomadas.
O governo australiano prevê que as exportações totais do Brasil chegarão a 362 milhões de toneladas em 2021, aumentando para 394 e 412 milhões de toneladas em 2022 e 2023.