Ainda que sejam poucas as empresas já beneficiadas pela linha de crédito, o BNDES entende que a tendência já está estabelecida
Com linha de crédito específica para comércio exterior e investimentos fora do país, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) já ofereceu cerca de R$ 12 bilhões em financiamentos.
A melhora do posicionamento do Brasil frente aos principais participantes do mercado internacional criou uma nova demanda para as instituições financeiras.
Faz-se necessário um suporte para as empresas brasileiras que resolvem encarar um processo de internacionalização.
O BNDES já faz parte da história de 12 empresas que resolveram investir fora do Brasil.
Após uma mudança na regulamentação dos financiamentos em 2009, tornou-se possível para um empresário brasileiro buscar o suporte do BNDES para internacionalizar suas operações.
Segundo Denise Andrade Rodrigues, assessora da presidência do BNDES, já foram cerca de US$ 12 bilhões financiados pela instituição. A expectativa é que esse aumento continue crescendo.
"As empresas brasileiras têm condições de competição internacional. Nesse sentido, os setores mais maduros acabam saindo na frente."
Ainda que sejam poucas as empresas já beneficiadas pela linha de crédito, Denise entende que a tendência já está estabelecida.
"Não temos uma série histórica ainda, mas é visível o quanto cresceu o número de empresas em busca de oportunidades no exterior", avalia.
Ela lembra que há dinheiro do BNDES em 140 empresas que atuam fora do Brasil.
Outro diferencial desta linha de crédito é que ela pode ser direcionada a joint ventures para compra de empresas fora do Brasil ou instalação de uma nova unidade.
Não há limites de financiamento nem focos em setores específicos. A demanda deverá pautar a liberação de verbas.
Nesse sentido, Denise comenta que o escritório do BNDES em Londres deve ganhar mais importância nos próximos meses.
"Esse escritório vai crescer muito", antevê.
Em Montevidéu, as atividades do escritório da instituição estão em pleno funcionamento. "As empresas brasileiras que estão fora do país também precisam do nosso suporte."
Fonte:Brasil Econômico/Bárbara Ladeia
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