A BR Distribuidora prevê um “forte crescimento” do volume de vendas para o segmento de aviação em 2019, afirmou nesta terça-feira o diretor financeiro e de relações com investidores da empresa, José Roberto Lettiere. “As perspectivas são de forte crescimento e manteremos a liderança do segmento [de aviação]”, disse o executivo em teleconferência com analistas e investidores sobre os resultados do quarto trimestre de 2018.

Segundo ele, o crescimento menor das vendas da companhia em relação à média do mercado, no ano passado, se deve à priorização, pela empresa, de rentabilidade, em detrimento ao volume. “Protegemos a rentabilidade”, afirmou.

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A BR Distribuidora fez um provisionamento de R$ 35 milhões em relação a uma possibilidade de não pagamento pela companhia aérea Avianca, que entrou em recuperação judicial.

Lubrificantes

Durante a teleconferência, o diretor financeiro e de relações com investidores da BR Distribuidora, José Roberto Lettiere, disse que a empresa espera concluir no ano que vem o projeto de ampliação da fábrica de lubrificantes, em Duque de Caxias, na região da Baixada Fluminense.

Em 2018, a empresa investiu R$ 34 milhões no projeto. Segundo Lettiere, o plano de investimento da companhia para 2019 deve contemplar novos aportes na ampliação da unidade.

Petrobras

Sobre a venda da participação da Petrobras na empresa, o presidente da BR Distribuidora, Ivan de Sá, disse que a companhia ainda aguarda posicionamento da estatal. “Esse processo ainda vai ser definido pela Petrobras. Existe essa discussão acontecendo, mas é uma decisão da nossa controladora, não temos definição do modelo", afirmou Sá, ao ser questionado por analistas se a redução da participação da Petrobras se daria por meio da venda do controle ou não.

Cartão 

Ainda durante a teleconferência, o diretor de Rede de Postos e Varejo da BR Distribuidora, Marcelo Bragança, confirmou nesta terça-feira que a empresa estuda a implementação de algum modelo que permita ao consumidor “travar” o preço de compra do combustível, como um cartão pré-pago, que o proteja da volatilidade dos preços dos derivados de petróleo. “Algum modelo para travar estamos estudando, sim”, disse.

A possibilidade de criação de um cartão pré-pago foi levantada pelo presidente da Petrobras, controladora da BR Distribuidora, Roberto Castello Branco, em entrevista ao Valor este mês.

Segundo Bragança, a implementação de um mecanismo do tipo tem alguns “desafios regulatórios e fiscais”, para se provar factível e viável.

Ele explicou que a medida, para ser de fato colocada em prática, deve trazer resultado ao consumidor e agregar valor à companhia.

Fonte: Valor