O Brasil começa a exportar a países europeus um modelo de financiamento para o agronegócio.
Em fevereiro, a equipe brasileira do IFC (braço financeiro do Banco Mundial) recebeu representantes de Sérvia, Ucrânia, Rússia e Bulgária interessados no sistema de garantia usado na agricultura, além de membros da FAO (agência das Nações Unidas para alimentação).
O formato de penhor cedular brasileiro, que é usado como garantia para obrigações futuras, foi replicado para a Sérvia e aguarda para ser votado lá, segundo Renato Buranello, do escritório Demarest e Almeida Advogados, que adaptou a experiência brasileira para a legislação daquele país.
"A Sérvia estudou a CPR [Cédula de Produto Rural], que representa uma obrigação de entrega do produto, uma garantia. Havia um projeto de lei que buscava criar o que chamamos de penhor futuro, mas não havia um paradigma", diz Buranello.
Os outros países devem seguir a Sérvia, segundo Luiz Daniel de Campos, oficial de investimentos para o setor de agronegócio no Brasil do IFC.
"Existe uma carência desse tipo de legislação no Leste Europeu. O Brasil tem experiência. Eles não têm financiamento privado para a agricultura e estão buscando estimulá-lo", diz.
FOCO NO SUL
A carioca Óticas do Povo investirá R$ 90 milhões para entrar no Sul do país. A empresa pretende abrir até 54 lojas próprias na região nos próximos quatro anos.
A primeira foi inaugurada há três semanas em Florianópolis. Outras 11 devem ser instaladas em SC. Nos outros Estados, a empresa também começará pelas capitais. Serão 20 lojas no RS e até 22 no PR.
"Estamos caminhando para o Sul devido ao poder de compra local", diz o presidente da companhia, Manoel Carlos Pessanha.
Após se estabelecer no Sul, a empresa pretende entrar no interior de SP. Deve começar em 2015 por Ribeirão Preto, Marília e Bauru.
"O mercado de ótica é muito grande. Estima-se que 60% das pessoas que precisam de óculos não os usam. Com informação, esse número tende a diminuir."
A Óticas do Povo tem hoje 91 lojas próprias no RJ, em MG e no ES.
NÃO AGRADAM
Consumidores de 14 países consideram que 80% das marcas não satisfazem suas expectativas de bem-estar e melhoria da qualidade de vida, segundo estudo da Havas Media.
Os setores de finanças e de telecomunicações foram citados pelos entrevistados como os que apresentam as piores performances.
A pesquisa aponta, porém, que há companhias que melhoraram sua relação com os consumidores. Entre elas, a Petrobras e a empresa francesa de energia EDF.
O estudo também listou as empresas que melhoram a vida do consumidor, segundo os 50 mil entrevistados. No topo, ficou a sueca Ikea, do setor de móveis.
Cerca de 65% dos consumidores ouvidos afirmaram estar fortemente ligados à Coca-Cola. Apenas 35%, no entanto, disseram que a marca gera impactos positivos no cotidiano deles.
COTA PRODUTIVA
Os setores de serviços e administração pública são os que mais contratam pessoas com deficiência, segundo estudo que será divulgado no final deste mês pela Fiesp.
Quase metade (44,07%) dos profissionais contratados por meio da Lei de Cotas trabalha nesses segmentos.
A indústria e o comércio aparecem em seguida, com 37,26% e 14,69%, respectivamente, nos dados da Fiesp.
A pesquisa também analisa a distribuição dos profissionais no mercado.
O setor de alimentos e bebidas, por exemplo, contrata grande número de deficientes visuais devido à maior capacidade de concentração.
O levantamento faz ainda uma análise da faixa salarial das pessoas com deficiência.
Outro ponto abordado é a localização das empresas com mais de cem funcionários, que são obrigadas a cumprir a Lei de Cotas.
Ensino... Entre estudantes que usam crédito universitário, 67% são responsáveis pelo pagamento das parcelas, segundo a Ideal Invest, que faz esse tipo de financiamento.
...superior Dos cerca de 800 alunos entrevistados, 48% responderam que não estariam estudando sem a obtenção de crédito e 31% fariam um curso mais barato.
Dois em um Os escritórios de advocacia L.O.Baptista, de São Paulo, e Schmidt, Valois, Miranda, Ferreira & Agel (SVMFA), do Rio, acabam de unir suas operações.
NÚMERO
US$ 257 bilhões é a última projeção do Mdic para as exportações deste ano
"MADE IN BRAZIL"
A projeção final de exportações para este ano é de US$ 257 bilhões, segundo o Mdic (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior). No início deste ano, a previsão era de US$ 228 bilhões. A estimativa não será mais revista neste ano, informa o ministério.
A Abece (Associação Brasileira de Empresas de Comércio Exterior), que também projeta as exportações na "faixa de US$ 255 bilhões", estima superávit comercial de aproximadamente US$ 30 bilhões e intercâmbio comercial de aproximadamente US$ 480 bilhões em 2011.
"No primeiro semestre de 2012, essa corrente de comércio deve superar meio trilhão de dólares", de acordo com a entidade que representa empresas de trading.
Fonte: Folha de São Paulo/MARIA CRISTINA FRIAS/com JOANA CUNHA, VITOR SION e LUCIANA DYNIEWICZ
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