Candidato do Brasil ao cargo de diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC) e representante brasileiro na entidade, o embaixador Roberto Carvalho de Azevêdo criticou a paralisia nas negociações multilaterais. Segundo ele, essa paralisia preocupa, pois impede o aprimoramento e os avanços em vários setores da economia internacional. Se eleito, Azevêdo disse que pretende incentivar a busca por consensos e conciliação.
“Ser um brasileiro e vir do Brasil, ter esse histórico, é um ativo que só ajuda”, disse. “O Brasil é visto (pelos demais integrantes da OMC) como um ativo, não um passivo. É membro fundador da OMC, um país que é propositivo e que apresenta soluções.”
Antes, porém, Azevêdo reclamou da paralisia que há no momento, que, para ele, pode ser provocada pela crise econômica internacional, que atinge principalmente os países da zona do euro, e pelas dificuldades nos Estados Unidos. “A maior preocupação é que vivemos um momento em que o sistema multilateral está paralisado, sobretudo, nas negociações.”
Aos 55 anos, Azevedo enfrentará oito candidatos na disputa pelo cargo de diretor-geral e busca apoio dos latino-americanos e africanos. No próximo dia 29, os nove candidatos apresentarão suas propostas. A eleição ocorrerá em 31 de maio.
O nome de Azevêdo tem apoio da presidente Dilma Rousseff e de distintos setores do governo, como o Ministério do Desenvolvimento, da Indústria e Comércio.
O embaixador é apontado como um dos mais preparados especialistas em política comercial do governo brasileiro.
Fonte: O Povo (CE)
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