A procura das empresas por liquidez, na crise do novo coronavírus, também está impulsionando as operações de crédito à exportação nos bancos brasileiros. Em meio ao cenário repleto de incertezas, as companhias têm antecipado operações. Para apoiar o segmento, o Banco Central anunciou hoje que dobrou o prazo dos contratos de câmbio relativos ao comércio exterior.
Custo da pandemia. No entanto, o custo desse crédito à exportação – assim como outros – aumentou bastante, inclusive para as grandes exportadoras. Empresas do segmento de proteína bovina, por exemplo, que se financiavam por meio de contratos de Adiantamento sobre Contrato de Câmbio (ACC) a um custo de CDI mais 1,5% antes da pandemia, estão conseguindo renovar linhas de um ano a CDI mais 6,5%.
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Álcool em gel. Nos últimos 30 dias, o BB viu um salto de 122% no desembolso das linhas ACC e Adiantamento a Cambiais Entregues (ACE), voltadas ao comércio exterior, se comparado ao mesmo período de 2019. Os desembolsos no período somam R$ 5,9 bilhões, em comparação com os R$ 2,44 bilhões no período anterior.
Digital. Já o Santander Brasil viu seus negócios internacionais praticamente dobrarem nas últimas semanas. Diante do aumento da demanda, o banco reforçou o atendimento digital para empresas deste segmento e passou a ofertar a opção de contratar o ACC pelo internet banking. Com a maior parte das companhias em esquema de home office, os canais digitais dos bancos têm crescido em número de transações e funções.
Fonte: Estadão