A China será novamente a grande protagonista nas exportações brasileiras de carnes em 2020, indicou hoje a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). A demanda do país asiático deverá sustentar o aumento da produção das carnes de frango e suína e, consequentemente, também dos embarques. No próximo ano, as vendas externas das duas proteínas deverão bater recorde.
Pelas projeções da ABPA, a produção brasileira de carne de frango crescerá entre 4% e 5% no próximo ano, para quase 13,7 milhões de toneladas. As exportações, por sua vez, tendem a aumentar entre 3% e 6%, para até 4,5 milhões de toneladas. Se esse volume for atingido, será um recorde. O maior volume já exportado pela indústria foi em 2016 (4,38 milhões de toneladas).
Em entrevista em São Paulo, o diretor-executivo da ABPA, Ricardo Santin, disse que as projeções da associação para o próximo ano poderão ser superadas devido aos impactos da epidemia de peste suína africana na China. “Há uma disrupção do comércio global e ela é o grande imponderável de todas as previsões”, afirmou o dirigente, que assumirá a presidência da ABPA em abril do próximo ano.
Como não poderia deixar de ser, dada a predileção da China por carne suína, as exportações de carne suína do Brasil deverão crescer entre 15% e 20% no ano que vem, para entre 850 mil e 900 mil toneladas. A produção crescerá menos, entre 3% e 4%, para cerca de 4,2 milhões de toneladas, de acordo com a ABPA. Com o aumento expressivo das exportações, a tendência é que os preços da carne suína subam e o consumo per capita no Brasil diminua.
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Fonte: Estadão