SÃO PAULO - Após 28 meses, os empresários da indústria recuperaram a confiança na economia e no desempenho de seus negócios, de acordo com pesquisa mensal da confederação nacional do setor, a CNI. O Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei) calculado pela entidade aumentou 4,2 pontos, de 47,3 em julho para 51,5 pontos em agosto. Com esse resultado, o indicador supera a linha divisória de 50 pontos, ou seja, registra empresários confiantes, o que não acontecia desde março de 2014.
A atual tendência de recuperação da confiança dos empresários acontece desde abril. De lá até agosto, o índice aumentou 14,7 pontos.
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Essa melhora foi puxada por todos os quesitos da pesquisa, mas em especial pela melhora das expectativas, cujo indicador subiu de 52,3 para 56,2 pontos. A expectativa quanto à economia brasileira saiu de 47,3 para 52,3, enquanto aquela relacionada à própria empresa subiu de 54,8 para 58,2.
O indicador de situação também melhorou, embora siga abaixo da marca de 50, saiu de 37,4 para 42,2.
De acordo com a metodologia do indicador, valores abaixo de 50 pontos indicam falta de confiança do empresário. Quanto mais abaixo de 50 pontos, maior e mais disseminada é a falta de confiança.
Os índices de pequenas e médias empresas estão próximos da linha divisória, em 48,9 e 50,7 pontos, respectivamente. Segundo a CNI, a distância desses índices da linha divisória de 50 pontos é inferior à margem de erro (1,5 ponto). Já grandes empresas mostram confiança, com índice de 53,1 pontos.
Na divisão por segmentos, a indústria de transformação lidera a confiança, com 53,4 pontos, seguida pela extrativa (51,8) e de transformação (49,6).
Para calcular o índice, a CNI fez um levantamento, entre os dias 1º e 11 deste mês, com 3.150 empresas de todo o país, das quais 1.236 são de pequeno porte, 1.198 são médias e 716 são de grande porte.
(Fonte: Valor Econômico/Ana Conceição)