A Shell tem interesse em ampliar a participação de energia renovável em seu portfólio. Segundo o chefe do departamento de energia da Shell Energy Europe, Rupen Tanna, há espaço para hidrogênio, gás natural, eólica offshore e energia fotovoltaica, no portfólio da empresa.
Ele deu a declaração durante evento on-line sobre commodities, promovido pelo jornal "Financial Times", nesta terça-feira (29).
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De acordo com o executivo, essa ideia opera em um contexto no qual a empresa centra esforços em movimento de transição energética, com objetivo de reduzir emissões de carbono.
“Vemos esses negócios como chaves em nosso caminho para alcançar a meta de zerar as emissões” afirmou Tanna. A Shell anunciou, neste anon que pretende neutralizar as emissões de carbono totais até 2050.
Também presente no mesmo evento virtual, o chefe da divisão de pesquisa em óleo e gás da Sumitomo Mitsui Banking Corporation, Stravoula Papageorgiou, falou sobre o tema. No entendimento do executivo, as petroleiras terão um papel crucial na transição energética.
“Estas companhias são bem preparadas e têm acesso a capital, então há espaço para elas na transição, do contrário, não conseguiremos alcançar as metas [de redução de emissões]”, explicou Papageorgiou.
No evento, executivos também comentaram sobre a continuidade da importância dos negócios em gás. De acordo com o CEO da Engie África, Yoven Moorooven, o gás será crucial para atender a demanda energética nos próximos anos, principalmente em mercados emergentes. Para o CEO da Pavilion Energy, Frédéric Barnaud, há grande potencial para o mercado de gás natural liquefeito (GNL) nestes mercados, devido à sua flexibilidade.
Fonte: Folha SP