A safra agrícola brasileira alcançou um valor de produção recorde de R$ 343,5 bilhões em 2018, com crescimento de 8,3% ante o desempenho do ano anterior. Os dados são da pesquisa Produção Agrícola Municipal (PAM) 2018, divulgada nesta quinta-feira, 5, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
“Disputas comerciais entre Estados Unidos e China, quebra de safra na Argentina e a demanda chinesa pelo algodão herbáceo alavancaram os preços das principais commodities brasileiras”, explicou o IBGE em nota.
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A soja atingiu produção recorde de 117,9 milhões de toneladas, com R$ 127,5 bilhões arrecadados. O café também teve recorde, com 3,6 milhões de toneladas colhidas, 32,5% a mais que em 2017, e valor de produção de R$ 22,6 bilhões, alta de 22%.
O algodão herbáceo foi outro produto que alcançou a melhor marca histórica: 5 milhões de toneladas e valor de produção de R$ 12,8 bilhões. Por outro lado, a safra de milho encolheu 16%, para 82,3 milhões de toneladas, por causa de problemas climáticos, mas o preço compensou parte dos prejuízos dos produtores, totalizando R$ 37,6 bilhões, alta de 14,1%, segundo o IBGE.
A cana-de-açúcar somou 746,8 milhões de toneladas, recuo de 1,6% ante o ano anterior, com valor de produção de R$ 52,2 bilhões, queda de 3,0% em relação a 2017.
Área plantada diminuiu
Foram plantados 78,5 milhões de hectares em 2018, uma redução de 0,6%, o equivalente a menos 483.888 hectares. A maior queda na área cultivada ocorreu no milho, com 1,2 milhão de hectares a menos, queda de 6,8%, por causa da falta de chuvas na época do plantio.
As dez principais culturas - soja, cana-de-açúcar, milho, café, algodão herbáceo, mandioca, laranja, arroz, banana e fumo - em valor da produção representaram quase 85,6% de todo o valor gerado pela atividade agrícola no País em 2018.
O Estado de São Paulo manteve a liderança entre as 27 Unidades da Federação no ranking de valor da produção, com 15,5% da participação nacional. Na sequência aparecem Mato Grosso (14,6%), Paraná (12%), Rio Grande do Sul (11,4%) e Minas Gerais (10,2%).
Fonte: Estadão