O clima favorável ao desenvolvimento das lavouras em Mato Grosso, Goiás e Paraná levou a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) a elevar sua estimativa para a produção de grãos no país nesta safra 2019/20, mesmo com perdas provocadas pela estiagem no Rio Grande do Sul.
Segundo levantamento divulgado há pouco, a estatal passou a projetar a colheita em 251,9 milhões de toneladas, 0,3% mais que o previsto em fevereiro e volume, recorde, 4,1% superior ao registrado no ciclo 2018/19.
A Conab confirmou que a área plantada total, somando-se os cultivos de verão e de inverno, deverá chegar a 64,8 milhões de hectares, e elevou sua estimativa para a produtividade média das plantações para 3.889 quilos por hectare, um aumento de 1,7% na comparação com a temporada passada.
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Esse incremento de produtividade é puxado pela soja, cuja colheita foi menor que a esperada em 2018/19 por causa de problemas climático. Para 2019/20, a Conab agora projeta o rendimento da oleaginosa, carro-chefe do agronegócio brasileiro, em 3.373 quilos por hectare, avanço de 5,2% em relação ao ciclo anterior. Como a área plantada também cresceu — 2,6%, para 36,8 milhões de hectares —, a estatal ajustou sua previsão para a produção do grão para 124,2 milhões de toneladas, um novo recorde 0,8% maior que o sinalizado em fevereiro e 8% superior ao resultado de 2018/19.
Para o milho, segundo grão mais semeado no país, a Conab espera colheita de 100,1 milhões de toneladas, volume praticamente estável em relação ao previsto em fevereiro e ao total colhido na temporada passada. Segundo a empresa, a área plantada com o cereal (primeira, segunda e terceira safras) deverá aumentar 2,3%, para 17,9 milhões de hectares, mas a produtividade média será 2,2% menor (5.593 quilos por hectare).
Entre as demais culturas, vale destacar aumentos previstos pela Conab para as colheitas de arroz, feijão e algodão. Conforme a estatal, no caso do arroz a alta deverá ser de 0,8%, para 10,5 milhões de toneladas, no do feijão deverá alcançar 3,9%, para 3,1 milhões de toneladas, e no do algodão o avanço será de 2,7%, para 4,3 milhões de toneladas.
Fonte: Valor