A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) reduziu novamente sua estimativa para a safra brasileira de grãos e fibras em 2018/19. No sexto levantamento de safra, divulgado hoje, a estatal estimou que a colheita de grãos no país somará 233,29 milhões de toneladas.
Trata-se de um corte de 0,6% na comparação com a estimativa de fevereiro, que era de 234,13 milhões de toneladas. Ainda assim, se for confirmada, esta será a segunda maior safra da história, perdendo apenas para 2017/18.
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O corte deve-se principalmente à projeção para a colheita de soja, que foi cortada em mais de 2 milhões de toneladas devido ao excesso de calor em áreas importantes da produção. A expectativa agora é que a colheita do carro-chefe da agricultura nacional totalize 113,46 milhões de toneladas, a terceira maior safra da história da oleaginosa no país. Em fevereiro, a Conab estimava que seriam colhidas 115,3 milhões de toneladas de soja.
De acordo com a Conab, até mesmo as variedades de soja que tinham potencial de recuperação, como as de ciclo médio, frustraram as expectativas de produção diante da falta de chuvas. Em entrevista em Brasília, porém, o diretor de diretor de Política Agrícola e Informações da Conab, Guilherme Bastos, afirmou ainda há uma chance de que as lavouras cultivadas com soja de ciclo tardio tenham se beneficiado de um regime de chuvas "um pouco mais regulares" em fevereiro.
Para a produção de milho de verão, a estimativa da Conab também foi reduzida. A projeção foi cortada em em 240 mil toneladas, de modo que a produção do cereal deve ficar em 26,21 milhões de toneladas em 2018/19.
Por outro lado, a colheita de milho de inverno (safrinha), que está em fase de plantio, teve sua estimativa elevada para a Conab em 2,1%, para 66,6 milhões de toneladas. Em relação à colheita de 2017/18, que sofreu com o clima adverso, a nova estimativa representa um crescimento de 23,6%.
Fonte: Valor