A informação dada nesta quinta-feira (7) pelo presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, de que os desembolsos do banco cresceram “mais de 25%” em janeiro em relação ao mesmo mês do ano passado significam que o crescimento de consultas ao banco começam a fazer efeito.
De acordo com Gabriel Leal de Barros, especialista em finanças e empréstimos públicos da Fundação Getulio Vargas (FGV), houve um aumento significativo de consultas a empréstimos do BNDES por parte das empresas a partir do início do segundo semestre do ano passado.
“O incremento de janeiro foi alto. É importante ver a composição do desembolso, mas independentemente de quais setores que solicitaram os empréstimos, o aumento é relacionado às consultas. Existe uma defasagem de tempo entre pedir a verba e a receber, que demora em média seis meses”, afirmou.
Por isso, Leal de Barros disse que é de se esperar aumentos nos desembolsos nos próximos meses. “Mas é bom ressaltar que depois do desembolso o dinheiro vai para a execução do projeto. Só aí terá efeito na economia.” O economista assinala que na composição dos desembolsos do ano passado a predominância era de empréstimos para comércio e serviços. Apenas na decomposição dos desembolsos é que será possível saber se a queda da taxa do Programa de Sustentação do Investimento (PSI) ajudou a acelerar projetos industriais.
Fonte: Valor / Rodrigo Pedroso
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