BRASÍLIA - O presidente do BNDES, Luciano Coutinho, reiterou ontem, terça-feira, que o banco não teve prejuízos com empréstimos feitos ao Grupo X, do investidor Eike Batista. Ele explicou que a instituição não fez nenhuma operação com a empresa que foi a origem do problema no grupo, a OGX, apesar de o mercado haver apostado “fortemente” nela.
Luciano Coutinho afirmou que o Grupo X desenvolveu projetos de qualidade em setores como energia e, portanto, quando o grupo foi afetado pelas dificuldades da petroleira OGX foi possível vender os bons ativos e proteger o crédito do BNDES.
“Não havíamos feito investimento ou crédito e não fomos afetados. Na nossa situação, graças às garantias que o BNDES dispunha, não houve nenhuma perda”, afirmou o presidente do BNDES referindo-se a falência que teve que ser decretada nas empresas do Grupo X.
JBS
Coutinho também defendeu a participação do banco na JBS. Em depoimento na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado Federal, o presidente do banco de desenvolvimento explicou que a maior parte da participação é feita por meio de ações. O BNDES já teve 30% de participação no capital da empresa, mas atualmente é sócio com uma fatia de 24%.
Em seu depoimento aos senadores, Coutinho ainda informou que o volume de crédito ao grupo é pequeno. “Investimento na JBS é rentável, contribuiu para os lucros e contribuirá para gerar recursos para (o BNDES, quando resgatar, pode aplicar em) novas empresas”, explicou Coutinho.
(Fonte: Valor Econômico/Leandra Peres e Edna Simão | Valor)
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