O volume de cargas aéreas no Brasil teve uma expansão de 122,5% nos últimos dez anos. Segundo a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), o modal aéreo avançou de uma movimentação de 512 mil toneladas em 2000 para 1,1 milhão de toneladas em 2010. Resultado da boa fase da economia do País, que se manteve aquecida até o final de 2010, o aumento do transporte por aviões de insumos e produtos também propiciou o desenvolvimento das companhias de aviação que atuam com carga de mercadorias. E, segundo a estimativa do superintendente de Logística e Carga da Infraero, Ednaldo Santos, a tendência é que esta expansão se mantenha nos próximos anos.
Em 2011, a Infraero prevê um crescimento de 11%, em comparação com 2010, em sua Rede de Terminais de Logística de Carga (Teca). De janeiro a julho, o aumento na movimentação de cargas da Teca, em relação ao mesmo período do ano passado, foi de 7,18%. Santos acredita que a demanda crescente pelo transporte de mercadorias pela aviação é um dos fatores que viabilizam a criação e sustentação de novas linhas aéreas, principalmente no caso de companhias iniciantes no mercado brasileiro. “Em 2010, houve um grande aumento na movimentação de carga pelo modal aeroviário. As empresas do setor observam esse crescimento, criando novas rotas que atendam esta demanda, que é cada vez maior,” observa Santos.
Para atender melhor o inflado movimento de cargas, registrado nos últimos anos em seus terminais, a Infraero conta com um planejamento contínuo para a modernização dos complexos de logística da rede, considerando necessidades como a ampliação da infraestrutura física e também de equipamentos. “Definimos as prioridades dos investimentos de forma a atender a demanda projetada e a movimentação atual”, diz Santos. Segundo ele, os recursos previstos para serem aplicados pela empresa nos terminais de carga até 2014 são de R$ 220 milhões. Ele cita ainda melhorias em andamento, como as obras do Terminal de Cargas de Curitiba e do Terminal de Cargas Nacional de Florianópolis, iniciadas em abril, além de trabalhos já concluídos, como as reformas do Terminal de Cargas de Manaus e um armazém para cargas nacionais no complexo logístico de Campo Grande, entregues no final de maio e em junho.
Fonte: Jornal do Commercio (RS)
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